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CONHEÇA AS ATLETAS BRASILEIRAS QUE SÃO DESTAQUE NAS OLIMPÍADAS 2016

Saiu no site HuffPost Brasil:

É comum ouvir frases do tipo “isso é coisa de homem” quando o contexto se refere a alguma prática esportiva ou a algo que exige o uso da força física. Se você é mulher, provavelmente isso já se repetiu mais vezes do que você gostaria.

Desde crianças mulheres não são incentivadas a praticar esportes. Ao contrário dos meninos, a elas não é reservado o direito de brincar nas ruas, mas sim dentro de casa, com coisas que exercitem o cuidado e a maternidade.

Isso tem fundamento em uma série de questões sexistas e machistas que estão enraizadas culturalmente na nossa sociedade, a começar pela limitação de acesso ao espaço público. Aquela velha ideia de que a mulher pertence ao ambiente doméstico também é perpetuada no esporte.

A construção da imagem da mulher como um ser frágil e delicado também a distancia de práticas que exijam engajamento físico, força e garra, como os esportes e as lutas.

A questão da insegurança com o corpo — que não pode ser musculoso demais nem magro demais e tem que seguir um padrão estético inalcançável e disfuncional — também é outro obstáculo.
Mas isso não é apenas questão de opinião, é estatística.

O site feminista Think Olga fez uma pesquisa online para entender a relação da mulher com o esporte. Os resultados foram surpreendentes: 25% das mulheres entrevistadas já sofreram preconceito ao tentarem se exercitar de alguma forma. Essa proporção aumenta para 30% quando se trata de mulheres que vivem nas periferias.

O racismo também ficou explícito no estudo do site, que mostra que a tenista Maria Sharapova ganha quase o dobro de patrocínio que Serena Williams, mesmo que a segunda seja a maior vencedora de Grand Slam da era aberta do tênis, com 22 títulos.

Na contramão de tanto preconceito, as atletas olímpicas brasileiras resistem bravamente nesse ambiente hostil às mulheres que é o esporte.
Elas têm dado um show de habilidade e eficiência — com performances inclusive melhores que as masculinas —, o que demonstra que esporte é coisa de mulher, sim!

Nas últimas duas edições dos Jogos Olímpicos, em Pequim (2008) e em Londres (2012), as mulheres brasileiras levaram mais medalhas de ouro do que os homens.

E uma das grandes apostas para a Rio 2016 é a xodó brasileira, Flávia Saraiva, que tem apenas 16 anos e vai participar pela primeira vez de uma olimpíada.

Apesar da pouca idade, a menina tem qualidade técnica de sobra e já ganhou uma prata inédita para o Brasil em 2014, nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Naquim, na China.

O olhar mais atento, portanto, será nas mulheres!
Afinal, há grandes expectativas para que elas batam recordes e superem os 6 pódios que alcançaram nas últimas edições de 2008 e 2012.

Brasileiras brilham nestas modalidades olímpicas

1- Vôlei

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O vôlei feminino disputa o seu terceiro título Olímpico. O primeiro veio em 2008, com uma trajetória perfeita: oito jogos e oito vitórias. Em 2012 a medalha veio com mais dificuldade após uma quase eliminação precoce na primeira fase. Mas as meninas não fraquejaram e enfrentaram a rede rumo ao ouro. No Rio, a briga é com o time dos EUA, principal adversário. No time olímpico quatro atletas disputam sua terceira final olímpica seguida: Fabiana, Thaísa, Jaqueline e Sheilla. Caso vençam, elas serão as únicas jogadoras, mesmo entre os homens, com três ouros em Olimpíadas no currículo.

2- Salto com vara

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Fabiana Murer está presente entre as três melhores do ranking nos últimos anos e pode ficar com alguma medalha. Em 2008, nos Jogos Olímpicos de Pequim, a atleta teve que lidar com um dos piores fantasmas de qualquer competidor: os seus equipamentos sumiram e ela teve que fazer a prova com aparelhos emprestados. Prém, no ano passado Fabiana mostrou que está muito bem na disputa: a atleta ficou em segundo lugar no Mundial e nos Jogos Pan-Americanos.

3- Handebol

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A armadora da seleção Eduarda Amorim (foto) foi eleita a melhor do mundo na modalidade em 2014. Ela foi a segunda brasileira a conquistar o prêmio. Em 2012, a ponta Alexandra Nascimento também levou o prêmio. Só isso já é suficiente para dizer que as meninas comandadas pelo dinamarquês Morten Soubak vão dar trabalho. Em 2013 elas quebraram a barreira e venceram a decisão do Campeonato Mundial contra a Sérvia, em disputa na casa das adversárias, com o maior público de uma partida de handebol feminino na história.

4- Vôlei de praia

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Bárbara e Ágatha são as atuais campeãs mundiais na modalidade que vem garantindo medalhas ao Brasil desde 1996, em Atlanta. Juntas desde 2011 as atletas foram as responsáveis por garantir a segunda vaga nas disputas Olímpicas. No Campeonato Mundial do ano passado, por exemplo, o país fez ouro, prata e bronze, em um pódio 100% verde-amarelo.

5- Judô

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Após quatro medalhas em 2012, seis brasileiros estão espalhados no top 10 do ranking de suas respectivas categorias na modalidade. Nos dois últimos Mundiais, foram 11 medalhas. Talvez este seja o maior esporte olímpico do Brasil, mas até 2008 apenas homens tinham subido no pódio. Porém, para a Rio 2016 as mulheres são as favoritas, e Mayra Aguiar está entre as maiores esperanças. Ela é campeã mundial em 2014 e está entre as primeiras colocadas do ranking na categoria até 78kg.

Publicação Original: Conheça as atletas brasileiras que são destaques na Olimpíadas 2016 

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