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As atletas que vão inspirar a torcida durante a Paralimpíada

Saiu no site Marie Claire:

Jogos do Rio começam nesta quarta-feira (7). As brasileiras Terezinha Guilhermina e Shirlene Coelho estão entre as competidoras que são donas de histórias inspiradoras

Não faltam histórias inspiradoras nos Jogos Paralímpicos. Entre a abertura da competição nesta quarta-feira (7) até o seu encerramento, no dia 18, é certo que atletas de todo o mundo vão emocionar a torcida com suas trajetórias, desempenho e conquistas.

Nesta edição dos Jogos, a delegação brasileira terá 185 homens e 100 mulheres – e, pela primeira vez, uma delas, a goiana Shirlene Coelho, foi escolhida para ser a porta-bandeira do país na abertura. Para celebrar a conquista das atletas brasileiras – e inspirar os torcedores – Marie Claire conta a história incrível de cinco esportistas que estarão no Rio. Confira!

Terezinha Guilhermina
A corredora brasileira aparece no “Guinness Book”, o livro dos recordes, como a mulher cega mais rápido do mundo. Ela conseguiu o título depois de bater o recorde e levar ouro nos 100 metros rasos na Olimpíada de Londres 2012. Nesses mesmos Jogos, Terezinha trouxe outra medalha dourada para casa ao vencer os 200 metros. Até alcançar essas conquistas, porém, a atleta percorreu um caminho repleto de obstáculos e desafios. Terezinha, hoje com 38 anos, nasceu em uma família muito pobre de Belo Horizonte. Tinha 9 anos quando a mãe morreu e, pouco tempo depois, seu pai foi embora de casa. Ela queria correr, mas não tinha dinheiro para comprar o tênis adequado e decidiu começar a nadar. O motivo? Ela tinha maiô. Algum tempo depois, ganhou o calçado dos irmãos e passou a se destacar em competições em Minas Gerais. Em 2001, aos 23 anos, viajou para o seu primeiro campeonato internacional, nos Estados Unidos, e saiu de lá com três medalhas de prata. De lá para cá, o pódio virou a segunda casa de Terezinha, e sua coleção de medalhas pode aumentar ainda mais com o Rio 2016.

Shirlene Coelho

A goiana Shirlene Coelho em Londres 2012, quando foi medalhista de ouro no lançamento de dardo (Foto: Getty Images)

Os Jogos mal começaram e a goiana já tem uma conquista para comemorar: ela foi escolhida para ser a primeira mulher a levar a bandeira do Brasil na abertura dos Jogos Paralímpicos. A atleta de 35 anos, que tem paralisia cerebral, participou das Paralimpíadas pela primeira vez em Pequim, em 2008, e conquistou ouro nos Jogos de Londres, em 2012, no lançamento de dardo – ela também é recordista mundial na categoria. No Rio, além dessa modalidade, ela competirá no arremesso de peso e lançamento de disco.

Ellie Colle

A nadadora australiana Ellie Cole, de 24 anos (Foto: Getty Images)

Com apenas 24 anos, a nadadora australiana vem para os Jogos do Rio depois de quase encerrar a sua carreira por lesão no ombro – ela chegou a fazer duas cirurgias para tratar a contusão. A força de vontade de Ellie não é de hoje. Aos 2 anos de idade, a atleta foi diagnosticada com um câncer raro que atingiu os nervos de sua perna direita e, apesar dos tratamentos, precisou ter o membro amputado no ano seguinte. Foi aí que a natação entrou na sua vida: a atividade era parte da reabilitação. Esperava-se que Ellie, ainda criança, aprendesse a nadar com uma perna em um ano, mas ela conseguiu fazer isso em apenas duas semanas e deu início à sua carreira vitoriosa. Em Londres 2012, por exemplo, a atleta levou quatro medalhas de ouro para a Austrália.

Kadeena Cox

Kadeena Cox, atleta britânica, competirá em duas modalidades: atletismo e ciclismo (Foto: Getty Images)

Até dois anos atrás, a ciclista britânica nunca havia subido em uma bicicleta. Hoje, ela chega nos Jogos Paralímpicos do Rio com uma história repleta de reviravoltas. Kadeena, 25 anos, era corredora e vinha se destacando na modalidade em competições júnior, especialmente na prova dos 200 metros. No entanto, aos 23 anos, sofreu um derrame e, meses depois, foi diagnosticada com esclerose múltipla, doença sem cura que afeta o sistema nervoso. A condição prejudicou a sua capacidade de correr, mas a atleta não quis deixar o esporte de lado. Por isso, decidiu se tornar atleta paralímpica e competir no ciclismo. Em 18 meses, Kadeena aprendeu a andar de bicicleta e se tornou uma atleta de alta performance. Ainda assim, não desistiu de correr e continuou a treinar. Ao voltar para as pistas, no ano passado, a britânica levou ouro e bateu recorde no Mundial de Atletismo. Assim, Kadeena conseguiu chegar aos Jogos do Rio competindo em duas modalidades: ciclismo e atletismo.

Tatyana McFadden

Tatyana McFadden, atleta que nasceu na Rússia e que foi naturalizada americana (Foto: Getty Images)

A atleta russa naturalizada americana nasceu com espinha bífida, uma doença que paralisou seus movimentos da cintura para baixo. Ainda bebê, sua mãe a deixou em um orfanato na então União Soviética, mas o local não podia pagar por uma cadeira de rodas para Tatyana, que passou os seis primeiros anos da sua vida se locomovendo com a ajuda dos braços. Em 1994, a atleta foi adotada por uma funcionária do Departamento de Saúde americano, que a levou para o Estados Unidos e a matriculou em vários esportes diferentes para que desenvolvesse a sua musculatura. A modalidade escolhida por ela foi a corrida de cadeira de rodas. Tatyana, hoje com 27 anos, participou de sua primeira Olimpíada em 2004 como a integrante mais jovem da equipe americana. O Rio marcará a sua quarta participação em Jogos Olímpicos. Até agora, ela já acumulou três medalhas de ouro, quatro de prata e três de bronze na corrida de cadeira de rodas – e sua coleção pode aumentar, já que a esportista vai disputar seis provas nos jogos do Rio.

Publicação Original: As atletas que vão inspirar a torcida durante a Paralimpíada

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