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Violência doméstica: convidada do ‘Encontro’ faz relato sobre relação abusiva e diz que ficava sem dinheiro para comprar shampoo

Saiu no site GSHOW

 

Veja publicação original:  Violência doméstica: convidada do ‘Encontro’ faz relato sobre relação abusiva e diz que ficava sem dinheiro para comprar shampoo

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Advogada conta que ficou oito anos dependendo financeiramente do marido

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O primeiro tema de discussão do Encontro desta quinta-feira, 15/11, foi a violência contra a mulher. Patrícia Poeta chamou a atenção para o alarmante dado de que pelo menos 30% das mulheres já sofreram algum tipo de violência de seus parceiros. Narjara, convidada para contar sua história no palco do programa, disse que ficou casada durante oito anos com um homem que a subjugava psicológica e financeiramente, mas apesar de ser estudante de direito na época e conhecer seus direitos e a lei Maria da Penha, não conseguia vislumbrar isso em sua relação.

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Najara foi agredida pelo ex-marido por oito anos — Foto: TV GloboNajara foi agredida pelo ex-marido por oito anos — Foto: TV Globo

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“Quando chegou o momento dos estágios obrigatórios da faculdade ele deixava eu fazer, mas infelizmente eu ganhava muito pouco e ele retinha o dinheiro. Falava: ‘Você me dá o dinheiro e se precisar de alguma coisa, um shampoo, uma maquiagem, uma roupa, eu vou verificar se é possível. Como se ele fosse um banco. E eu achava natural, pensava ‘ah, eu tenho que ajudar nas contas da casa’. E eu ficava realmente sem shampoo.”

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A promotora de Justiça Gabriela Mansur aproveitou o gancho do caso de Narjara para fazer um alerta sobre as desculpas usadas pelos abusadores:

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Promotora de Justiça Gabriela Mansur participa do 'Encontro' desta quinta, 15/11 — Foto: TV GloboPromotora de Justiça Gabriela Mansur participa do ‘Encontro’ desta quinta, 15/11 — Foto: TV Globo

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“Quando fala que a mulher é louca, ou que ela ‘deu causa’, nas audiências das mulheres que denunciam, os réus dão essas desculpas: ‘ah, ela é louca’, ou então ‘ela que provocou’, ‘ela me traiu’. Mas essas desculpas não são mais aceitas pelo poder judiciário e pelo poder público. Há uma sentença condenatória. A lei Maria da Penha está sendo efetiva aqui no Brasil, graças a Deus”.

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