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PSICÓLOGA E PROMOTORA DE JUSTIÇA GABRIELA MANSSUR TE ORIENTAM A LIDAR COM UM PARCEIRO MUITO POSSESSIVO

Saiu no site DAQUI DALI: 

 

Veja publicação original:  PSICÓLOGA E PROMOTORA DE JUSTIÇA GABRIELA MANSSUR TE ORIENTAM A LIDAR COM UM PARCEIRO MUITO POSSESSIVO

 

 

Na nova novela das 9, “Do outro lado do paraíso”, o personagem Gael (Sérgio Guizé) é um marido extremamente possessivo com Clara (Bianca Bin). A relação dos dois, que já envolveu machismo, estupro e até agressão física, revolta quem assiste, principalmente porque ela não quis denunciá-lo. Fato é que, essa é uma realidade de muitas mulheres no País, que sofrem caladas e aprisionadas nesses relacionamentos abusivos. Pensando nelas, o DaquiDali pediu a uma psicóloga e uma advogada que dissessem como lidar com esse tipo de parceiro. Confira!

 

 

Como começa

Segundo a psicóloga Adriana Severine, especialista em terapia sexual, terapia cognitiva comportamental e psicodrama, existem graus de possessividade, “que começa com o parceiro querendo saber onde você está e controlando as suas ligações, como quem não quer nada, por exemplo (‘ah quem era? Pensei q fosse sua mãe…’), além de sinais mais leves de que ele está querendo ter um controle, e que são super fáceis de perceber”.

Foto: AntonioGuillem/iStock

Adriana esclarece que a situação começa a sair da normalidade quando o marido passa a tentar olhar para o seu celular querendo ver as ligações e mensagens e quando começa a controlar demais os horários (tentando inclusive cronometrar o tempo que leva do trabalho para casa). “Isso começa aumentar até que ele consiga  total controle sobre você, evitando que saia sozinha, e quando estiver acompanhada, sabendo exatamente quem é e aonde, ou seja, domina inclusive sua agenda de contatos. O parceiro vai fazer de tudo para te isolar do convívio com outras pessoas, e isso pode incluir um afastamento até dos pais, irmãos, demais familiares. O próximo ponto é impedir que estude ou trabalhe fora, e ele chega a sentir ciúmes até dos próprios filhos, ou seja, passa a querer a atenção da mulher apenas para si mesmo“.

 

 

E agora, o que fazer?

 

 

1 – Tenha uma conversa franca

Quando perceber que seu parceiro passou a agir de forma diferente, começando a controlar seus horários e interessado demais no seu celular, por exemplo, o primeiro passo é perceber se isso é constante. “Como ele se comporta quando essas situações acontecem? Você sente que o seu grau de irritação e nervosismo começam a aumentar? Se a resposta for sim, o ideal nesse primeiro estágio é conversar com ele e explicar que o comportamento dele está te incomodando, além de deixá-lo seguro do seu amor por ele”, recomenda a profissional.

 

 

2 – É hora da terapia em casal

Se essa conversa não adiantar, a especialista explica que o ideal é continuar observando atentamente o comportamento do seu companheiro, e se perceber que ele está se tornando mais controlador, vale a pena buscar um psicólogo de casais para que juntos possam entender porque o companheiro está tão inseguro e com baixa autoestima. O expert pode ajudar o casal a conversar sobre assuntos que não conseguem conversar sozinhos, por exemplo, e que podem até ser a chave do conflito”

 

 

Foto: Wavebreakmedia/iStock

3 – Terapia só nele!

Você já tentou um diálogo franco e amigável e a terapia em grupo. Se não mudar a situação, uma alternativa é conversar com seu companheiro e sugerir que ele faça terapia sozinho, para descobrir onde começou sua insegurança. Se nenhuma das opções funcionarem, infelizmente, a única alternativa é realmente a separação“, afirma Adriana.

 

 

Quando todos os limites foram ultrapassados

 

 

O DaquiDali já te mostrou como reconhecer maus-tratos psicológicos no relacionamento e a psicóloga e sexóloga Ana Canosa, também te ajuda a identificar os sinais de um relacionamento abusivo, aqui. Se for preciso, denuncie! “O abuso psicológico, aquele que faz você se sentir amedrontada e esse controle rigoroso e desenfreado que ele quer impor, já são passíveis de denúncia! Não deixe que a coisa evolua até que sua própria vida pareça estar em risco. Denuncie e tenha coragem de deixa- ló! Não é apenas a violência física que está sujeita à lei maria da Penha“, alerta a especialista. Com base nisso, conheça, abaixo, o quanto você, está protegida!

A lei Maria da Penha te protege em várias situações, não apenas quando há agressão física. Foto: Ivanko_Brnjakovic/iStock

Nos rigores da lei

O que a Maria da Penha compreende?

A lei Maria da Penha prevê todas as formas de violência contra a mulher, e a promotora de justiça Gabriela Manssur, também idealizadora do site Justiça da Saia, lista todas elas:

 

 

 

Moral

 

 

O xingamento, a difamação, postagens de foto em redes que agridam a mulher, como nudes, fofoca, etc.
Física
Todo tipo de agressão ao corpo, como chute, soco, empurrão, puxão de cabelo, jogar contra a parede até a tentativa de morte e a morte consumada.
Patrimonial
A que diminui de alguma forma o patrimônio dela ou destrói o que é de propriedade dela, como quebrar o celular, rasgar ou queimar as roupas, por exemplo. O DaquiDali já te falou dela, aqui.

 


Sexual
Qualquer prática de ato sexual sem o consentimento da vítima, que pode acontecer inclusive no casamento, chamado de estupro marital.

 

 

Psicológica
Não deixa marcas aparentes, mas diminui a autoestima da mulher. É a ridicularização em público, humilhação, desvalorização intelectual, em uma constante, dia após dia, até que ela desenvolva algum sintoma de doença física ou mental, como depressão, síndrome do pânico, isolamento, até dores de cabeça, de estômago, pressão alta, tontura, enjoo, falta de vontade para tudo, o que pode fazer com que perca inclusive o emprego.

 

 

Viu como você está amparada?

 

 

Por que não ter medo de denunciar

 

 

Segundo Gabriela, “Se você não busca ajuda, pode morrer, sim, por conta disso. Já peguei casos de mulheres que não conseguiram reagir, e depois, tive o atestado de óbito delas em mãos. Você precisa ter mais medo de ficar em um relacionamento abusivo, porque ele, ou vai te deixar doente mentalmente definitivamente, ou você se mata como mulher ou morre pelo parceiro. Lembre-se que sempre terá o apoio da justiça, da rede protetiva da mulher, mas se não quiser denunciar, que pelo menos rompa essa relação“.

 

 

Dentro desse contexto perturbador, a promotora tem uma informação positiva: “As meninas mais jovens estão cada vez mais conscientes, assim que entram nesse tipo de relação abusiva e percebem, já saem. E as mais velhas, de 30 a 40 anos, estão denunciando cada vez mais, ou seja, estão se dando essa chance de viverem uma vida sem violência”.

 

 

Como denunciar

 

 

Você pode comparecer à delegacia de polícia, de preferência da mulher, chamar a polícia pelo 190 ou Disque 180 e fazer uma denúncia anônima ou pode comparecer no Ministério Público ou na promotoria de justiça da sua cidade.

 

 

Dica de ouro

 

 

A especialista ainda revela que na internet, você pode acessar o site do Ministério Público e consultar e até fazer o download da cartilha “Mulher vire a página”.

 

 

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