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Promotores de SP vão ouvir dez mulheres que acusam João de Deus até sexta-feira

Saiu no site O GLOBO

 

Veja publicação original: Promotores de SP vão ouvir dez mulheres que acusam João de Deus até sexta-feira

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Mais de 30 vítimas entraram em contato com o Núcleo de Combate à Violência contra a Mulher, do MP

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Por Cleide Carvalho

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SÃO PAULO – O Ministério Público de São Paulo vai ouvir, até sexta-feira, dez depoimentos de mulheres que acusam João Teixeira de Faria, o médium João de Deus, de abuso sexual. Pelo menos mais 30 mulheres entraram em contato por meio do email divulgado pelo órgão para agendar os depoimentos, que estão sendo colhidos por promotores do Núcleo de Combate à Violência contra a Mulher do Ministério Público, coordenado pela promotora Maria Gabriela Prado Manssur. O médium afirma ser inocente.

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Na terça-feira, primeiro dia de relatos, cinco vítimas foram ouvidas, entre elas uma mulher abusada em abril passado, durante tratamento de cancer. Ao resistir ao assédio de João de Deus, que dizia que iria reequilibrar suas energias sexuais, ele teria gritado com ela e a intimidado, dizendo “Você não quer se curar! Você quer que a doença volte”.

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A mulher procurou um advogado na época, mas foi orientada a esperar até que outras vítimas se manifestassem, já que um relato isolado não seria capaz de incriminá-lo, uma vez que João de Deus é uma pessoa influente.

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O advogado Marcos Pagliaro, que acompanha a vítima, disse estranhar que, diante de centenas de denúncias, a prisão de João de Deus nao tenha sido pedida até agora.

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— Esse homem é um monstro. Aproveita a fragilidade das mulheres para abusar delas em nome de uma suposta cura — disse o advogado.

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Os depoimentos mostram que João de Deus tinha uma forma de atuar. Atendia a todos num ambiente maior, mas as vítimas eram chamadas a conversar com o médium numa sala isolada, que ficava trancada pelo lado de fora. Ele dizia a elas que o tratamento não podia ser comentado com mais ninguém, para que pudesse surtir efeito.

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O MP de São Paulo colhe os depoimentos e encaminha para o Ministério Público de Goiás, que é o responsável pelas investigações.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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