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Partidos alteram uso de mulheres como candidatas laranjas

Saiu no site A TRIBUNA

 

Veja publicação original: Partidos alteram uso de mulheres como candidatas laranjas

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Na eleição de 2018, houve candidatas manipuladas, diz promotora Vera Lúcia Taberti

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As fraudes eleitorais envolvendo candidatas laranjas persistem a cada eleição, porém, houve mudança na maneira de cometer a irregularidade. Até a eleição de 2016, era comum pleiteantes zeradas, sem nenhum voto. Algumas nem sequer sabiam que eram candidatas: tinham os nomes usados indevidamente para formação de chapas. Outras até concordavam, em troca de vantagens. No ano passado, entretanto, mulheres que realmente queriam participar foram manipuladas por integrantes de partidos políticos.

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A explicação é da promotora de Justiça Vera Lúcia Taberti, que ganhou destaque em 2016 pela investigação, em São Paulo, de candidatas usadas como laranja por partidos políticos apenas para atender à exigência legal de 30% de mulheres nas chapas. Referência no tema, ela passou a atuar, no ano passado, na Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo (PRE-SP) e investiga candidaturas em todo o estado.

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“A nova modalidade de candidaturas laranjas é das mulheres que foram iludidas. Usadas com promessas de que teriam todo apoio na campanha e, uma vez feito o registro perante o cartório eleitoral, o partido deixa de assisti-las”, diz Vera Lúcia.

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A promotora participou, na última segunda-feira (11), da palestra “A Mulher na Modernidade: Empoderamento e Igualdade”, na Faculdade de Direito da Universidade Católica de Santos (UniSantos), a convite do Centro Acadêmico Alexandre de Gusmão, que representa os estudantes.

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Segundo ela, denúncias de mulheres estão auxiliando o Ministério Público em investigações. “Nessas últimas eleições, eu mapeei todas as candidatas estaduais e federais de São Paulo. A intenção é saber idade, profissão, se já participaram anteriormente, qual foi a votação, quanto receberam do partido, se fizeram propaganda”.

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A promotora afirma que as investigações estão sob sigilo e que não pode revelar eventuais fraudes ocorridas na Baixada Santista.

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Violência é outro tema em debate

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Outra convidada para o evento foi a também integrante do Ministério Público de São Paulo Maria Gabriela Prado Manssur. Ela mantém o blog Justiça de Saia e faz parte de organizações de proteção e defesa dos direitos femininos. Já foi eleita, pela revista Forbes, uma das 20 mulheres mais poderosas do Brasil.

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Maria Gabriela afirma que a violência contra a mulher é, hoje, um tema com muito mais visibilidade. “Nós temos a terceira lei melhor do mundo. Porém, dependemos da boa vontade do Poder Público na efetividade da Lei Maria da Penha. A violência contra a mulher é prioridade? Pelo que nós vemos, não”.

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A vontade política, diz a promotora, significa investimentos nas delegacias, no atendimento da mulher e equipes técnicas em todas as varas e promotorias de violência contra a mulher.

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“Porém, temos um levantamento que nos traz que a maior parte das vítimas de feminicídio não denunciou o agressor. Ou seja, ela tem mais chance de sobreviver se denunciar e contar com o apoio da Justiça”, pondera.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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