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Veja publicação original: O que a tentativa de suicídio de Luane Dias diz sobre racismo e depressão
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Participante de A Fazenda 10, Luane Dias deu fôlego novo ao debate sobre suicídio. A influencer fez um longo desabafo nas redes sociais sobre o período difícil que está passando. Luane terminou há alguns dias o relacionamentocom o fisiculturista Leo Stronda.
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A jovem confessou ter tentado tirar a própria vida e confirmou estar convivendo com a depressão. Ela ficou sem comer e beber por dois dias.
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“Foram diversas tentativas frustradas. A dor e a angústia tomaram conta do meu ser e eu me entreguei sem medo. Eu não pensei em nada, só em ir embora”. Ela pediu aos fãs para não atacarem o ex-namorado, “o que vai prevalecer é o respeito e carinho ao próximo”, publicou em uma série de Stories.
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O caso de Luane Dias provocou uma reflexão coletiva sobre os sintomas de um possível suicídio. Muito embora o assunto tenha conquistado espaço, ainda é comum reações que tentam minimizar os primeiros sinais de que algo está errado.
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O próprio Leo Stronda falou sobre o assunto no Instagram. O ex-participante do reality show da Record TV disse que além do fim da relação, Luane foi perseguida nas redes sociais. “Ela sofreu muitos ataques, ofensas e isso acabou acarretando negativamente”.
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No caso de Luane, se situação se agrava por causa do histórico. Mulher negra e da periferia, ela sofre com frequência ataques racistas na internet. Nos tempos em que integrava o elenco do programa Esquenta, a youtuber foi à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática para denunciar ataques racistas.
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Para dar subsídios, a jornalista Aline Ramos fez uma matéria no BuzzFeed News falando sobre o assunto. Assim como Luane, ela é mulher negra e trabalha com comunicação e assuntos complexos como racismo e machismo. Ambos podem contribuir para a intensificação dos sintomas de depressão. Vamos falar de saúde da mulher negra?
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“Estou chocada. A gente sempre acha que esse tipo de coisa nunca vai acontecer com a gente. Já fui alvo de ofensas raciais na minha página no Facebook, falando mal do meu cabelo e da minha cor de pele. Mas, desta vez, recebi um e-mail de uma pessoa me chamando de ‘negra macaca’ Não posso deixar isso passar. Racismo é crime e não podemos deixar isso passar em branco. Minha família está indignada”, disse ao jornal Extra.
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Os psiquiatras insistem que julgar ou desdenhar não é o melhor caminho. Situações como a enfrentada por Luane Dias precisam ser tratadas com cuidados por causa da fragilidade psicológica da pessoa.
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Uma alternativa é procurar ajuda no CVV (Centro de Valorização da Vida), que presta serviço gratuito de apoio emocional e prevenção ao suicídio. Os atendimento são realizados por telefone e servem para aliviar sentimentos ruins que podem culminar em atitudes drásticas.
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O Ministério da Saúde divulgou em setembro números alarmantes. De 2007 a 2016, 106.374 pessoas morreram em decorrência do suicídio. 70% das tentativas por intoxicação aconteceram com mulheres. A Organização Mundial da Saúde estabeleceu como meta a redução de 10% das ocorrências até 2020.
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