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O CANGAÇO PELA PERSPECTIVA FEMININA

Saiu no site REVISTA TRIP

 

Veja publicação original:  O CANGAÇO PELA PERSPECTIVA FEMININA

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Livro mostra a opressão e a violência às quais foram submetidas Maria Bonita e outras cangaceiras

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Por Madson de Moraes

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Se tinha algo que dava um prazer intenso a Lampião, além de apunhalar seus rivais ou os “macacos”, como os cangaceiros chamavam os policiais no sertão nordestino dos anos 30, era “cobrir uma fêmea”, o que, no linguajar deles, significava estuprar uma mulher enquanto ela chorava. Isso quando não era o caso de aplicarem uma “gera”, nome conhecido na região por estupro coletivo. Lampião, o chefe, era o primeiro da fila. Para ele e seu bando, o estupro ocorria porque “as mulheres queriam”. E após a morte de seus maridos, as cangaceiras ficavam à disposição de qualquer um que as quisessem.

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Zé Baiano, cangaceiro do bando, gostava de marcar mulheres com ferros para boi com as iniciais do seu nome na face, genitália, nádega ou panturrilha. Se a mulher estivesse de cabelo ou vestido curto, era castigada pelo cabra. Criar os próprios filhos também era outro direito negado a elas. Dadá, estuprada quando tinha 12 anos por Corisco, nome proeminente do cangaço, classificava essa dor como “a maior do mundo”.

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