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MANIFESTAÇÃO “POR TODAS ELAS” PEDE O FIM DA CULTURA DO ESTUPRO

Mulheres de todas as idades, unidas com o mesmo objetivo, carregaram cartazes com palavras de ordem pelo fim da violência contra a mulher e da cultura do estupro. O movimento aconteceu na Avenida Paulista, na tarde de quarta-feira, 1º de junho, com a participação de 30 mil pessoas aproximadamente.

O ato, que começou na frente do Museu de Artes de São Paulo (MASP) e seguiu até a praça Roosevelt, foi organizado pelo grupo feminista “Por Todas Elas”, por meio das redes sociais. O protesto chamava atenção não só para o episódio da jovem de 16 anos que foi estuprada no Rio de Janeiro, mas também para casos de assédios e estupros que acontecem diariamente com mulheres, adolescentes e crianças em todo país.

todos contra 33

Manifestantes

As organizadoras do movimento distribuíram cartazes com frases pelo fim do machismo, pela liberdade do corpo e pela vida das mulheres. Muitas mulheres se emocionaram, cobrando posicionamento das autoridades.

Grande parte das vítimas não consegue denunciar a violência, por falta de informação, por não se sentir acolhida pelas autoridades e até por medo e vergonha. Para que esse cenário mude, é preciso repensar o tratamento – médico, da justiça, da sociedade – à vítima.

carolina

Manifestantes

“Temos uma sociedade tão avançada em alguns sentidos, mas ainda assistimos um retrocesso constante em relação aos direitos da mulheres. Vejo que tivemos um grande avanço com a Lei Maria da Penha, mas queremos por direito a Casa Abrigo em todos os municípios do país, para que de fato a lei seja efetivada”, disse a manifestante Carolina Caires Souto, que carregava o cartaz “Existo porque resisto’’.

Melhorias e evolução dos direitos das mulheres eram outros dos desejos manifestados durante o ato em São Paulo. Jovens usando apenas sutiã procuravam reforçar a ideia de que a culpa do estupro nunca é da vítima, independente da roupa e do local que frequente. Elas mostravam ainda seu repúdio aos comentários machistas de que as mulheres devem se comportar devidamente para não sofrer certos tipos de violência.

monique

Monique Dantas

“Temos que lutar por nossos direitos, pois cada dia mais nos deparamos com absurdos. É completamente desumana a condição que vivemos. O feminismo, pra mim, mostra a força das mulheres”, disse a estudante Monique Dantas, presente ao ato ‘Por Todas Elas’.

Veja Mais: Gabriela Manssur: Não podemos admitir nenhum retrocesso em relação à mulher 

larissa e nathalia

Larissa Souza e Nathalia dos Santos

A jovem Larissa Souza mostrou sua indignação ao falar dos casos de abusos que ocorreram nesses últimos meses, mas ficou feliz ao ver muitas mulheres soltarem a voz e pedirem por justiça: “Queremos igualdade de gênero e social, unidas pelo fim da cultura do estupro. Se nós não viermos para rua, ninguém vai se impor. É por isso que estamos aqui, juntas, pelo fim da violência contra a mulher”.

“Essa manifestação representa minha vida inteira, tudo que vivi e sofri, todos os assédios no colégio, trabalho e transporte público”, completou Nathalia dos Santos, que pintou o símbolo do sexo feminino no rosto.

DENÚNCIA

Mulheres vítimas de violência sexual devem procurar a Delegacia da Mulher ou ligar para o 180, número de Atendimento à Mulher, do Governo Federal.

 

POR JUSTIÇA DE SAIA 

 

 

 

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