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Lei Maria da Penha é apresentada em forma de cordel em escolas da rede estadual

Saiu no site GOVERNO DO ESTADO CEARÁ

 

Veja publicação original:   Lei Maria da Penha é apresentada em forma de cordel em escolas da rede estadual

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A literatura de cordel vem tornando leve a aprendizagem de jovens estudantes sobre um tema social de grande relevância. Através da poesia popular, a Lei Maria da Penha vem ganhando destaque em escolas da rede pública estadual de ensino cearense, despertando real interesse por parte dos alunos. A experiência é fruto de uma parceria entre o Instituto Maria da Penha e a Secretaria da Educação (Seduc), por meio da equipe de Educação, Gênero e Sexualidade, vinculada à Coordenadoria de Diversidade e Inclusão Educacional.

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As próximas unidades a receberem a iniciativa são as Escolas Matias Beck, General Murilo Borges, Mário Alencar e Professor Aloysio Barros Leal, durante a manhã e a tarde desta sexta-feira (15/02).

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O projeto iniciou em Fortaleza, em novembro de 2018, e contemplou 38 escolas até o fim daquele ano. Nos dois primeiros meses de 2019, o objetivo é chegar a mais 32 escolas, totalizando 70 unidades de ensino visitadas durante esta primeira fase, considerada piloto. A iniciativa promove apresentações culturais, com a declamação do cordel de autoria de Tião Simpatia, cujo título é homônimo à lei.

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Incentivo

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Tião lembra que o cordel faz parte da identidade cultural brasileira, e que o conteúdo expresso nos folhetos chega de forma bem mais atrativa às pessoas. “Fui alfabetizado através do cordel, aos 15 anos, na zona rural de Granja. A partir dessa experiência, que me despertou o gosto pela leitura e pela escrita, também pensei que poderia funcionar no sentido de incentivar os jovens. O cordel, poesia genuinamente nordestina, abordando uma lei tão importante, é algo muito simbólico”, considera.

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A obra que está sendo trabalhada nas escolas cearenses já lhe rendeu palestras em várias partes do Brasil, desde que foi lançada, em 2009. “Os jovens têm sido muito receptivos e interativos, assim como os professores. O objetivo é fazer uma palestra lúdica, que possa sensibilizar os alunos para o tema através da arte. Esperamos que a partir do projeto piloto possamos interiorizar essas ações. A violência doméstica ainda é uma realidade, sobretudo, nas cidades do interior”, ressalta Tião.

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Jéssica Evelin Santos, estudante da 3ª série na Escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI) João Nogueira Juca, conta por que apreciou a ideia. “O fato de ter sido em cordel foi ótimo, porque juntou a importância do tema com a musicalidade, o que facilitou a assimilação do conteúdo. A mulher deve denunciar sempre que for vítima de qualquer tipo de agressão. Não pode esconder, nem ficar calada”, enfatiza.

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O assessor pedagógico da Equipe de Educação, Gênero e Sexualidade da Seduc, Homero Henrique de Souza, defende que o interesse dos jovens é atraído por conta do aspecto lúdico das apresentações, que proporciona a ampliação da discussão sobre a violência de gênero contra a mulher. “O objetivo dessas visitas escolares é levar outros subsídios à desconstrução da naturalização do machismo e informar sobre as diferentes formas de violência abordadas pela Lei”, avalia.

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Expansão

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Homero explica que este é um projeto-piloto iniciado pelas escolas de Fortaleza e Região Metropolitana. “Após a avaliação desse primeiro momento, será estudada a logística para a disseminação das atividades pelas escolas do interior. Os ganhos são processuais e serão obtidos a longo prazo”, projeta.

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Cláudia Pires, diretora da EEMTI João Nogueira Jucá, observa que os estudantes receberam o projeto de forma bastante entusiasmada. “A poesia encanta. Quando os meninos viram o Tião Simpatia cantando, ficaram fixos, observando. Aquilo prendeu a atenção deles. É um assunto do nosso cotidiano, que às vezes está presente na família, e que precisa ser tratado de forma ampla”, frisa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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