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Justiça do RJ tem mais de 13 mil medidas protetivas por violência doméstica até julho deste ano

Saiu no site G1: 

 

Veja publicação original: Justiça do RJ tem mais de 13 mil medidas protetivas por violência doméstica até julho deste ano

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Segundo o ISP, no mesmo período, 48 mulheres foram mortas no estado. Só na Justiça do Rio correm hoje 139.172 processos relacionados à violência doméstica.

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Por Raquel Honorato

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A violência contra a mulher vem crescendo no Rio de Janeiro. Atualmente, 139.172 processos relacionados à violência doméstica correm na Justiça do Rio. E este ano, até julho, já foram expedidas 13. 449 medidas protetivas de urgência pelo Tribunal de Justiça.

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Segundo o Instituto de Segurança Pública, 48 mulheres foram mortas em casos de feminicídio no estado até julho deste ano. No mesmo período foram 25 tentativas de feminicídio no estado.

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As vítimas sofrem um terror psicológico terrível, e mesmo com a ajuda da Justiça muitas vezes precisam mudar de vida.

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Uma jovem que precisou deixar tudo para trás precisou largar o trabalho e mudar de endereço para continuar viva.

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“Vou tirar a sua vida. Vou tirar com as minhas próprias mãos. E eu quero olhar na tua cara e ver a tua cara com a minha, eu quero ver o teu olhar quando eu te matar porque você sabe que isso vai acontecer, porque você sabe que eu não vou deixar por isso”, ameaça o ex-namorado num áudio gravado pela vítima.

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Segundo ela, o ex-namorado não aceita o término do relacionamento. E ele a ameaça de morte.

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“Ele vem atrás de mim, vai na minha casa. Ele nunca teve esse comportamento, comportamento dele atual é agressivo, descontrolado, ninguém consegue controlar ele”, diz a ex-namorada.

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O ex-namorado é Igor Nascimento de Vasconcellos, de 22 anos. O casal ficou três anos junto. Mas foram só nos últimos meses de namoro que as agressões começaram: no braço, na perna, com chutes, socos e cortes. Ela logo terminou o relacionamento, mas Igor não parou por aí.

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“Só venho para te avisar o que é teu está muito bem guardado, muito bem guardado, tá ligado? E não vai cair no esquecimento de jeito nenhum. Já passou um mês e não caiu. E não vai cair, eu não quero. Eu não quero que caia, eu vou te matar”, diz ele em outro áudio gravado.

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No mês passado, Igor Vasconcellos mandou mais mensagens de um número que parece ser de fora do país. E disse numa delas: “você vai morrer, vai aprender a respeitar sujeito homem”

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A vítima diz que procurou a polícia para pedir uma medida protetiva. Ele registrou a ocorrência policial, mas o oficial de justiça não acha o ex-namorado.

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“Já faz 17 dias e ele não assina a medida protetiva. Continua se comunicando comigo, me ameaçando da mesma forma e diz: cadê a polícia, cadê a Justiça?”, conta a jovem.

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A medida protetiva obriga Igor Nascimento Vasconcellos a manter por 90 dias uma distância de 300 metros da ex-namorada. O Ministério Público explicou que o documento tem validade mesmo se o agressor não for encontrado.

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Igor está sendo procurado pela polícia. Ele deve responder por agressão e tentativa de feminicídio, que é quando tentam matar a vítima por ela ser mulher.

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Louise Rangel, de 22 anos, chegou a procurar a polícia em março. Em abril, a justiça negou o pedido de medida protetiva contra o ex-namorado dela, Paulo Henrique Cruz de Paula. Dois meses, ela foi assassinada com cinco tiros, na frente do filho de 4 anos.

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“Ele não falou nada, só falou assim: se você não vai ficar comigo, não fica com ninguém, deu dois tiros no abdômen. Ela caiu, ela quis levantar, ele deu cinco tiros nela, descarregou a arma toda. E o filho dela do lado falando: Henrique, você está matando a minha mãe, para, sua a arma não é de água, para você está matando a minha mãe, está saindo sangue da minha mãe”, contou a mãe de Louise, Beatriz Rangel.

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Segundo a promotora Lúcia Iloizio Barros Bastos, a violência doméstica é um tipo de violência que a gente não combate com policiais na rua. “É uma violência interna, dentro de uma relação. Então, é importante a mulher estar atenta se aquele relacionamento é abusivo. Se não, o que ela pode fazer. Se a gente pudesse fazer algum tipo de sugestão é não aceite a violência dentro da relação. Busque ajuda, busque informação, busque orientação, mas o que ela não pode é se submeter a violência, é ter tolhida de alguma forma a sua liberdade de expressão, a sua liberdade ampla de atuar da forma como ela achar melhor”, disse a promotora.

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Na semana passada, policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) conseguiram prender Paulo Henrique. Tarde demais.

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“Não posso ver uma menina magrela, alta assim que meu coração aperta. Acho que é ela, qualquer lugar porque ela era magrela e alta, tinha 1,70 e pouco”, lamentou a mãe de Louise.

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