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Globo corta gay, anã e violência para acelerar O Outro Lado do Paraíso

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Veja publicação original:   Globo corta gay, anã e violência para  acelerar O Outro Lado do Paraíso

 

Criticada pelo excesso de drama e considerada pesada demais, O Outro Lado do Paraíso já começou a passar por ajustes. Na tentativa de reverter a tendência de queda de audiência, a Globo está editando sequências de violência envolvendo Gael (Sergio Guizé) e Clara (Bianca Bin). Cenas com o gay enrustido Samuel (Eriberto Leão) e com a anã Estela (Juliana Caldas) também foram eliminadas dos roteiros dos próximos capítulos.

A decisão de fazer cortes foi tomada pela Globo após a realização, na segunda (13) e na terça (14), dos primeiros grupos de discussão para a avaliação da novela. Geralmente, a emissora faz esse tipo de análise por volta do capítulo 40, mas os grupos foram antecipados para tentar colocar O Outro Lado do Paraíso nos eixos o mais cedo possível.

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Em e-mail enviado ontem (16) à equipe da novela, o diretor artístico, Mauro Mendonça Filho, anunciou que O Outro Lado do Paraíso está sofrendo cortes para “antecipar a passagem de tempo e a consequente virada da história”, quando Clara deixa de sofrer e começa a se vingar de Sophia (Marieta Severo).

Cerca de 30% dos cortes estão sendo realizados sobre material já gravado, para exibição nesta e na próxima semana, na ilha de edição. Já o autor Walcyr Carrasco enxugou os roteiros das duas semanas seguintes, no ar em dezembro. Com isso, eliminou dois capítulos apenas “tirando gorduras” do texto.

A volta por cima de Clara, que fecharia o capítulo 48, agora acontece no 46, previsto para 14 de dezembro, mas, com os cortes na ilha de edição, a virada deve acontecer ainda antes.

Nessa segunda fase, a mocinha de Bianca Bin sofrerá menos bullying da nova patroa, Fabiana (Fernanda Rodrigues), que a contratará como empregada doméstica. Inicialmente, a dondoca mandaria Clara pedir esmola e ameaçaria chamar a polícia caso algum de seus pertences caríssimos desaparecessem de casa. Essas falas não existem mais.

Cenas repetitivas em que a enfermeira fogosa Suzy (Ellen Rocche) implora para fazer sexo com Samuel foram excluídas dos roteiros. O homossexual, aliás, é uma das maiores vítimas da tesoura: suas cenas com Cido (Rafael Zulu), o amante que quer ser sustentado pelo médico, também estão sendo limadas dos capítulos.

 

 

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Samuel (Eriberto Leão) se observa no espelho após passar batom: gay será vítima da edição

O desenvolvimento da paixão de Estela (Juliana Caldas) por Juvenal (Anderson Di Rizzi) foi minimizado nos roteiros. E os maus-tratos que a anã sofre da mãe serão menos explícitos: uma fala de Sophia em que ela se referia à filha como “monstrengo” foi trocada pelo retorno triunfal de Clara, já milionária, ao Tocantins.

O diretor Mendonça Filho quer evitar o desgaste da trama, que se arrastaria na primeira fase até o dia 28. Antecipar a virada da história virou prioridade, e os cronogramas de gravações também estão sendo reajustados.

Para conseguir ter mais leveza sem mudar o rumo da trama, Carrasco incluirá mais humor no núcleo do salão de beleza. Nicácio (Fábio Lago) terá a missão de fazer rir sempre que aparecer na novela.

A pedofilia, tema que entraria mais para a frente, também sofrerá ajustes para não pegar tão pesado como previsto. Uma cena do delegado Vinícius (Flavio Tolezani) apontando uma arma para enteada, Laura (Bella Piero), foi cortada do roteiro.

Menos humilhações
Os primeiros cortes foram feitos no capítulo de quarta (15). Com uma barriguinha de gravidez ainda pequena, Clara sofreria nova ameaça de agressão de Gael (Sergio Guizé). Lívia (Grazi Massafera) impediria a cunhada de apanhar e depois a consolaria, com direito a muito choro e sofrimento da mocinha. A cena não foi ao ar.

Estela também já teve uma de suas sequências gravadas cortada. Ela seria trancada pela mãe no quarto para não ir ao casamento de Samuel. A maldade de Sophia com a filha ficou de fora do capítulo.

A Globo trata as mudanças em O Outro Lado do Paraíso como ajustes normais em uma novela. A emissora informa que Walcyr Carrasco estava escrevendo mais do que era necessário para preencher os capítulos e o que está sendo feito é adequar o tamanho do capítulo escrito ao que vai ao ar. Com os cortes, a emissora evita gastos desnecessários com cenas supérfluas.

Os números do Ibope, no entanto, mostram que os ajustes podem ter outra motivação. A novela estreou em 23 de outubro com 35,1 pontos na Grande São Paulo, índice que nunca conseguiu repetir. Nos primeiros seis capítulos, teve média de 30,9, que caiu para 28,9 na semana seguinte. Atualmente, está na casa dos 30, quase 20% abaixo dos 35,6 de média que A Força do Querer conseguiu ao longo de sua exibição.

 

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