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FIGO 2018: NO RJ, MÉDICOS FAZEM MANIFESTAÇÃO PELO FIM DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO

Saiu no site AGÊNCIA PATRÍCIA GALVÃO

 

Veja publicação original:  FIGO 2018: NO RJ, MÉDICOS FAZEM MANIFESTAÇÃO PELO FIM DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO

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Eles participam de um congresso internacional que reúne ginecologistas e obstetras de países como Índia, Líbano, Argentina e Itália

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Por Clarissa Pains

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RIO – Médicos de diversas partes do mundo se reuniram, nesta terça-feira, para pedir o fim da violência contra a mulher. Eles estão entre os cerca de 11 mil participantes do Congresso Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) 2018, que é realizado no Riocentro, na Barra da tijuca, até o dia 19. A marcha começou às 17h30 no Pavilhão 5 e reuniu cerca de 500 pessoas, todas da área médica e oriundas de países como Bolívia, Líbano, Argentina, Índia e, é claro, Brasil.

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A manifestação foi organizada pela obstetra indiana Shantha Kumari. Ela destacou o fato de este ser um problema que vários países têm em comum.

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— A principal motivação para essa marcha é chamar atenção para todos os tipos de violência contra a mulher, como a doméstica e a obstétrica, que é aquela violência que ocorre no momento do parto. A desigualdade de gênero ainda é marcante em muitos países e precisamos jogar luz sobre esse assunto — disse Shantha.

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, no geral, 35% das mulheres ao redor do mundo sofreram casos de violência física e/ou sexual ao longo de suas vidas.

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A médica indiana salienta que muitos ginecologistas e obstetras são extremamente sensíveis ao tema porque, segundo dados da OMS, mulheres que foram fisicamente ou sexualmente abusadas por um parceiro possuem 16% mais probabilidade de dar à luz um bebê com baixo peso ao nascer. Elas também têm o dobro de risco de sofrer um aborto, quase duas vezes mais probabilidade de apresentar depressão e 1,5 vez mais probabilidade de adquirir uma DST, em comparação com mulheres que não sofreram violência praticada pelo parceiro.

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Durante o protesto, os médicos apresentaram uma declaração oficial do congresso sobre o tema. No texto, eles pedem aos governos que adotem “medidas de defesa, legais e educacionais e outras medidas necessárias para tornar a violência contra mulher inaceitável a todos indivíduos e grupos na sociedade”.

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Também pedem que, em todos os países, sejam desenvolvidas “desenvolver e implementar diretrizes ou protocolos nacionais para fornecer cuidados de saúde de qualidade para mulheres que sofreram violência, de acordo com as diretrizes da OMS”.

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Os médicos pedem, ainda, que as pessoas garantam que “seu próprio ambiente de trabalho permaneça livre de assédio e abuso”.

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Entre os participantes da marcha, estavam Claudia García Moreno, que é representante da OMS; a italiana Chiara Benedetto, que é presidente do Comitê para a Saúde e os Direitos Humanos da FIGO; a argentina Diana Galimberti, presidente do Grupo de Trabalho sobre Violência contra as Mulheres da FIGO; o boliviano Carlos Futchner, que é o presidente eleito do congresso; e Faysal El Kak, que é do líbano e faz parte do Conselho Executivo do evento.

 

 

 

 

 

 

 

 

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