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FAO lista sete maneiras de ampliar acesso de mulheres rurais à tecnologia

Saiu no site ONU BRASIL

 

Veja publicação original:  FAO lista sete maneiras de ampliar acesso de mulheres rurais à tecnologia

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A revolução digital mudou a forma como trabalhamos, acessamos informações e nos conectamos uns aos outros. Ela oferece oportunidades para aqueles que podem usar as tecnologias, mas também apresenta desafios para aqueles que são deixados para trás.

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Frequentemente referidas como Tecnologias de Informação e Comunicação, ou TICs, essas tecnologias são qualquer método de compartilhar ou armazenar dados eletronicamente: celulares, banda larga móvel, Internet, redes de sensores, armazenamento e análise de dados e muito mais.

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As TICs melhoram a vida dos pequenos agricultores de diversas maneiras, desde o monitoramento de safras até o acompanhamento dos preços de mercado e a disseminação de boas práticas para facilitar o acesso a serviços bancários.

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No entanto, muito desse potencial permanece inexplorado, particularmente no caso das mulheres, que desempenham um papel fundamental na produção agrícola, mas também enfrentam desigualdades digital, rural e de gênero. Muitas vezes, elas tendem a ter menos acesso às TIC, o que as deixa em desvantagem.

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Diante desse cenário, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) listou sete maneiras de ampliar o acesso das comunidades rurais às Tecnologias de Informação e Comunicação, especialmente das mulheres.

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1. Adapte o conteúdo

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Embora as TICs possam fornecer grandes quantidades de informações, isso não quer dizer que todas elas serão usadas. A adaptação do conteúdo às necessidades locais, idiomas e contextos continua sendo um desafio. Assim, o conteúdo deve ser adaptado para idiomas locais e reempacotado para se adequar a formatos que atendam às diferentes necessidades de informação.

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2. Crie ambiente seguro para compartilhamento e aprendizagem

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O analfabetismo e as habilidades limitadas no uso de dispositivos complexos para buscar informações, assim como questões culturais, permanecem como barreiras enfrentadas pelas comunidades rurais para usar as TICs. Por exemplo, fazendeiros analfabetos e mais velhos geralmente têm habilidades digitais menos desenvolvidas e, portanto, geralmente são menos propensos a utilizar tecnologias.

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A alfabetização digital em instituições e comunidades rurais deve ser desenvolvida e aprimorada, levando em consideração as necessidades e limitações locais, oferecendo oportunidades de aprendizado adequadas a homens, mulheres, jovens e pessoas com deficiência, o que aumentará as habilidades de tomada de decisões individuais e coletivas.

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Normas sociais, falta de conectividade e pobreza são algumas das razões pelas quais as mulheres rurais têm menos acesso às TICs. As políticas de inclusão digital devem levar em conta o gênero para permitir que homens e mulheres acessem as TICs de maneira igualitária.

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3. Seja sensível ao gênero

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As desigualdades de gênero continuam sendo uma questão séria na economia digital, assim como a lacuna entre as populações urbanas e rurais. O acesso e as oportunidades para mulheres, jovens, agricultores mais velhos e pessoas que vivem nas áreas mais remotas são prejudicados pelo preço do acesso às TICs e por desigualdades persistentes.

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Muitos dos fatores que constrangem os agricultores do sexo masculino a adotarem práticas mais sustentáveis ​​e produtivas constrangem ainda mais as mulheres. Barreiras específicas de gênero limitam a capacidade das agricultoras de inovar e de se tornar mais produtivas. Gênero, juventude e diversidade devem ser tratados sistematicamente na fase de planejamento da elaboração do projeto e durante todo o ciclo do projeto.

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4. Fornecer acesso e ferramentas para compartilhamento

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As mulheres rurais têm menos acesso às TICs – celulares, laptops, Wi-Fi – porque são confrontadas por normas sociais, estão vivendo em áreas desconectadas e geralmente são pobres.

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O preço do acesso às TICs pode ser muito alto em alguns países. O preço dos serviços móveis ou de banda larga é uma barreira significativa para a maioria dos grupos vulneráveis, como mulheres, jovens, agricultores mais velhos e pessoas que vivem nas áreas mais remotas. Políticas de inclusão digital com perspectiva de gênero devem ser promovidas para permitir que homens e mulheres acessem e utilizem as TICs de forma igualitária.

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5. Construa parcerias

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Pequenas empresas privadas e organizações de produtores locais e organizações não governamentais (ONGs) baseadas na comunidade geralmente têm o capital social para fornecer informações confiáveis ​​e serviços de boa qualidade.

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Diversos serviços de assessoria e extensão oferecidos por diferentes tipos de provedores têm maior probabilidade de atender às diversas necessidades dos agricultores, já que não há um único tipo de serviço que possa atender a todas as circunstâncias.

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As desigualdades de gênero continuam sendo uma questão séria na economia digital, assim como a lacuna entre as populações urbanas e rurais. Identificar a combinação certa de tecnologias e estratégias sensíveis ao gênero e adequadas às necessidades locais é fundamental para aumentar a eficiência e as receitas dos agricultores.

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6. Forneça a combinação certa de tecnologias

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Identificar a combinação certa de tecnologias que são adequadas às necessidades e contextos locais é muitas vezes um desafio, apesar do – ou devido a – rápido aumento da penetração de telefones móveis nas áreas rurais.

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Abordagens combinadas, como de rádio e telefone e tecnologias localmente relevantes selecionadas com base na análise profunda das necessidades locais e sistemas de informação existentes devem ser adotadas para aumentar a eficiência das iniciativas de TICs na agricultura, e melhor servir diferentes usuários e contextos.

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7. Garantir sustentabilidade

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O fosso digital não se preocupa apenas com infraestrutura tecnológica e conectividade. É fundamental que as iniciativas de TIC tenham como alvo homens e mulheres, bem como a unidade familiar maior e a comunidade, para garantir a sustentabilidade no longo prazo. Uma abordagem inclusiva para as iniciativas de TICs ajudará a gerar reconhecimento generalizado de que é importante que as mulheres possam usá-las.

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As TICs oferecem oportunidades valiosas para o desenvolvimento agrícola e rural, aumentando a produção sustentável, a eficiência agrícola e agropecuária e as receitas para uma ampla gama de atores. O acesso das mulheres à informação e à educação também pode aumentar a aceitação do envio de filhas e filhos para a escola, o que terá um impacto maior e aumentará as chances de reduzir a pobreza e alcançar um mundo sem fome.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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