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Empreendedoras de Taiobeiras se unem e lançam maior polo de fabricação de lingeries da região

Saiu no site G1:

 

Veja publicação original: Empreendedoras de Taiobeiras se unem e lançam maior polo de fabricação de lingeries da região

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Por Juliana Gorayeb

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Projeto é 96% comandado por mulheres e gera pelo menos 400 empregos diretos; expectativa é de que negócios cresçam.

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A união de 107 microempresas fabricantes de lingeries de Taiobeiras vai promover na cidade um evento nesta sexta-feira (27) que deve estimular o crescimento do setor têxtil na região do Alto Rio Pardo. As empresas juntas, comandadas por 96% de mulheres, promovem o lançamento de um selo de qualidade que vai identificar as peças produzidas na cidade e que atendem ao padrão de qualidade exigido. Cerca de 400 empregos diretos são gerados atualmente pelas fábricas e a expectativa é de que os negócios cresçam após o lançamento.

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De acordo com o secretário de desenvolvimento econômico de Taiobeiras, Jaime Uilson Lopes, o nome de Taiobeiras vai ser levado adiante através da iniciativa. O objetivo é que a identificação ajude as produções a chegar mais longe. “A marca vai ser um diferencial das peças. Foi pensada dentro de um programa de competitividade regional, em parceria com a FIEMG, de forma que a marca faça com que consigamos exigir uma modelagem, padronização e planos estratégicos para alcançar melhor o mercado”, afirma.

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São cadastradas junto ao selo facções e pequenas e médias empresas que produzem lingerie infantil, adulta, plus size, moda praia e moda fitness. Segundo o secretário de desenvolvimento, a unificação das empreendedoras vai fomentar ainda mais o comércio da cidade.

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“A intenção é receber novas empresas para ancorar oportunidades, para que cresça cada vez mais, e que entre novas empresas que geram automaticamente novos empregos. O setor têxtil, principalmente de lingeries, ajuda na dinamização da economia. A cadeia é administrada por mulheres, prioritariamente, numa cidade de 33 mil habitantes. Podemos dizer que 10% do capital produtivo se concentra nesta produção [de lingeries]”, comenta.

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Empreendedorismo feminino

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Das 107 empresas que fabricam lingeries em Taiobeiras, mais de 95 delas são chefiadas por mulheres. O índice de mulheres no comando do setor chega a 96%, segundo a FIEMG. O dado supera a média de microempreendedoras de Minas Gerais. De acordo com o Sebrae, as mineiras representam 46,8% dos Microempreendedores Individuais do estado.

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As mulheres vão comandar o envio de lingeries para todo o Brasil, conforme prevê a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Taiobeiras. A produção deve ser enviada a Rio Pardo, Januária, Montes Claros, Bahia, Brasília, Goiás, São Paulo e outros.

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“Mostramos que no Norte de Minas um diferencial é o empreendedorismo feminino. Ter mais de 100 produtoras gerando cerca de 400 empregos diretos, percebe-se que é um trabalho de muita relevância”, afirma Jaime Uilson.

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Empresária começou com três máquinas e conseguiu expandir a produção de lingeries (Foto: Cleusa Gonçalves/ Arquivo pessoal)Empresária começou com três máquinas e conseguiu expandir a produção de lingeries (Foto: Cleusa Gonçalves/ Arquivo pessoal)

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A empresária Cleusa Gonçalves está entre as mais de 100 mulheres que mudaram a própria vida e de dezenas de funcionários após a criação da fábrica de lingeries. Para ela, a história de fabricar as peças começou de forma caseira, para a própria sobrevivência, e a coisa cresceu mais do que o esperado.

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“Eu estava sem trabalho, tinha acabado de casar e me mudar da zona rural para a cidade. Não tinha opção de trabalho. Como morava com uma prima que vendia lingerie, sugeri a ela para fabricarmos, ao invés de só vender. Compramos as primeiras máquinas e começamos trabalhar”, relembra.

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O negócio cresceu tanto que a Cleusa criou condições de montar a própria fábrica sozinha. De três máquinas de costura, hoje ela tem pelo menos 19. São 14 funcionárias internas, além das empresas que prestam serviço para a empresária finalizando as lingeries.

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A Associação de Moda Íntima e Praia de Taiobeiras

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Diante das dificuldades de conseguir vender as peças de lingerie fora de Taiobeiras, Cleusa e outras dezenas de empreendedoras do ramo resolveram se associar. Assim surgiu a Associação de Moda Íntima e Praia de Taiobeiras (AMIP). De acordo com Cleusa Gonçalves, a realidade mudou muito depois da união das empresárias.

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“Quando comecei, já tinha outras meninas. Era cada uma por si. Aí tivemos a ideia de reunir para buscarmos representantes que era difícil conseguir, tudo era mais difícil. Começamos reunir para mostrar o grupo para fora da cidade. Com a união, todo mundo foi entendendo que era interessante, e foi melhorando as vendas individuais de todas”, conta.

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Cleusa afirma ainda que as empresárias são todas de pequeno porte e são empreendedoras. “Somos cerca de 100 fábricas de pequeno porte. Tudo liderado por mulheres empreendedoras natas, sem formação nenhuma. Uma foi ajudando a outra, umas até trabalharam comigo e foi crescendo até chegarmos até aqui”, diz a empresária.

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Evento de lançamento do selo

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Nesta sexta-feira (27) acontecerá o lançamento da marca do selo das empresárias de lingerie de Taiobeiras. Na ocasião, elas vão promover um desfile de moda com roupas das empresas, no espaço de eventos Avenida Hall, na Rua Mato Grosso. O evento contará ainda com a presença de uma blogueira com dicas de consultoria para os empresários no local a partir das 20 h.

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