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Discriminada, executiva de banco quer preferência em promoção

Saiu no site INSTITUTO GELEDÉS

 

Veja publicação original:  Discriminada, executiva de banco quer preferência em promoção

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Segundo a executiva, o banco aproveitou sua licença-maternidade para transferir “elementos significativos” do trabalho dela para um colega

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Por Kaye Wiggins e Jonathan Browning

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Uma executiva do Commerzbank que ganhou um processo em que acusou o banco de discriminá-la por ser mulher e mãe agora quer ser compensada de maneira curiosa: ela pede tratamento favorável para ser promovida no futuro.

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Jagruti Rajput, profissional sênior da área de compliance do banco em Londres, venceu uma batalha judicial ao argumentar que foi alvo de discriminação porque o banco não considerou de modo justo a possibilidade de promovê-la e aproveitou sua licença-maternidade para transferir “elementos significativos” do trabalho dela para um colega.

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Quando voltou da licença, ela se viu em uma função menos importante. Agora, Rajput quer que a justiça recomende que o banco “adote medidas positivas para treinar e mentoria independente”, explicou a advogada dela, Elaine Banton, em audiência na quarta-feira. Se houver “empate” entre Rajput e um candidato de “igual mérito em termos de qualificações e anos de experiência”, Rajput deve ter preferência porque, como mulher, ela faz parte de um grupo pouco representado, disse Banton.

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A executiva também quer ser compensada por três anos de pagamentos que teria recebido se tivesse sido promovida, afirmou Banton ao tribunal.Uma porta-voz do Commerzbank se recuou a comentar. Mesmo mérito

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Banton e o juiz James Tayler passaram mais de meia hora na quinta-feira discutindo como a proposta funcionaria e se é compatível com as leis de igualdade. “Não é discriminação positiva. É preciso ter igual mérito”, disse Banton.O pedido de Rajput por tratamento favorável em promoções é “incomum”, informou Bettina Bender, advogada trabalhista da Winckworth Sherwood, que não está envolvida no caso. Potenciais concorrentes por uma promoção podem ter características que justifiquem proteção, como idade ou etnia, e não podem sofrer discriminação.

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“Só funciona mesmo é se ela concorrer com um homem branco que não seja nem tão novo nem tão velho”, acredita Bender.

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Há muito tempo o uso de cotas e discriminação positiva para ajudar a promover mulheres no setor financeiro causa polêmica em Londres.

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Muitas mulheres se posicionaram contra, argumentando que esses mecanismos podem diminuir suas conquistas. Porém, a tendência tem se revertido por causa da falta de progresso em termos de mulheres chegando a posições de alto escalão.

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De acordo com dados divulgados pelo governo britânico neste ano, elas ocupam 29 por cento dos assentos nos conselhos de administração das empresas componentes do índice FTSE 100.

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Metas?
No ano passado, a chefe de supervisão da Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido, Megan Butler, declarou apoio a metas para aumentar o número de mulheres no setor financeiro, invertendo a opinião que ela tinha uma década atrás.

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Pessoas que acusam um empregador na justiça raramente continuam trabalhando ali, como faz Rajput. “Para a maioria dos empregados, é muito estressante estar em conflito” com o empregador, disse Bender. “Quem faz isso precisa de muita resiliência.”

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A decisão do caso Rajput descreve diversas maneiras de discriminação contra mulheres no ambiente de trabalho.

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“Aspectos considerados positivos nos homens podem ser considerados negativos nas mulheres”, afirmou o juiz Tayler na decisão. Enquanto os homens frequentemente recebem elogios pelo empenho, o antigo chefe de Rajput afirmava que ela tinha “obsessão doentia com trabalho”.

 

 

 

 

 

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