O mandado foi autorizado pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Núcleo Bandeirante, no processo de 2016 em que ele é acusado de agredir uma ex-namorada – ela chegou até a perder um dente. Viana cumpria medida protetiva, tinha sido preso em flagrante à época, mas foi solto.

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A decisão para prendê-lo novamente, dois anos depois, ocorreu para “garantir a ordem pública”, informou ao G1 a delegada da Mulher, Sandra Gomes. “O Ministério Público e o juiz entenderam que, depois desse caso, em 2016, ele vem cometendo crimes semelhantes, mesmo que seja contra outras mulheres.”

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A delegada se refere a um episódio de setembro deste ano, em que o diplomata foi preso por desacato, lesão corporal e violência contra a mulher. Ainda de acordo com a investigadora, todos os inquéritos contra o diplomata já foram concluídos e remetidos à Justiça.

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“Tudo contra ele já está em processo de julgamento.”

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Ao ser demitido pelo Itamaraty após o caso, Viana foi enquadrado por improbidade administrativa e por “descumprimento das normas que disciplinam a conduta pessoal e a vida privada do servidor público”. Além deste caso, ele responde a pelo menos outros três processos na Justiça do DF.

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Em um vídeo gravado em setembro, no momento da primeira prisão (veja abaixo), é possível ver policiais militares arrombando a porta do apartamento onde teria ocorrido a agressão, na 304 Norte, no Plano Piloto. As imagens mostram o diplomata sendo preso e algemado.

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“Arrombamos a porta porque a própria vítima não quis abrir, então não sabíamos se ela estava sobre grave ameaça”, relatou então ao G1 o porta-voz da PM major Michello Bueno. A PM disse, ainda, que o diplomata chamou os policiais de “safados”.

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“Quando entramos, ela estava com braço todo machucado, e por isso os policiais o algemaram logo.”

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À época, a advogada do diplomata, Dênia Magalhães, disse que a namorada dele tem Transtorno de Personalidade Borderline e sofre de surto psicótico. A tentativa de controlá-la teria sido interpretada pelo vizinhos como violência. A namorada não se pronunciou na ocasião.

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Na ocasião, a Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB) divulgou uma nota pública em repúdio aos atos de violência e discriminação contra as mulheres, que teriam sido praticados pelo primeiro-secretário do Itamaraty.

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