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Concurso busca conscientizar jovens sobre o problema da violência doméstica

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Veja publicação original:   Concurso busca conscientizar jovens sobre o problema da violência doméstica

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Poderão escrever a redação sobre o tema alunos do ensino médio de 13 superintendências regionais de ensino, que apresentaram os mais altos índices de feminicídio no Estado

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Será lançado nesta sexta-feira (23) o concurso de redação “A importância da Educação na Prevenção à Violência contra a a Mulher e o Feminicídio”, que busca conscientizar os estudantes sobre o problema da violência doméstica.

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O lançamento acontece durante audiência da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a partir das 9h, em Belo Horizonte.

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Os eventos marcam a primeira celebração do “Dia Estadual de Combate ao Feminicídio”, comemorado amanhã. A data foi criada pela Lei 23.144/18, originária do Projeto de Lei (PL) 5.203/18, de autoria da deputada Marília Campos (PT), presidente da Comissão e autora do requerimento para a realização da audiência.

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Segundo a deputada, o objetivo dessa data é criar um marco para ampliar a visibilidade do tema, assim como dar oportunidade para que sejam promovidas ações para difundir o combate ao feminicídio – crime de ódio por desrespeito e aversão à condição feminina – e aperfeiçoar políticas de proteção à mulher.

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Concurso

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O concurso de redação é promovido pela Secretaria de Estado de Educação (SEE), em parceria com a Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese) e o Ministério Público ((MPMG) – por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (CAO-VD), que é um é um órgão auxiliar do MP mineiro, criado no Dia Internacional da Mulher (8 de março) deste ano.  O edital também será publicado nesta sexta-feira.

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Poderão participar do concurso alunos do ensino médio de 13 superintendências regionais de ensino, que apresentaram os mais altos índices de feminicídio no Estado: RMBH A, B e C; Caratinga, Carangola, Coronel Fabriciano, Divinópolis, Janaúba, Juiz de Fora, Nova Era, Montes Claros, Ouro Preto e Ubá.

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Atividades

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Antes do início das inscrições, previstas para 7 de outubro, serão realizadas uma série de ações nas escolas, como debates e oficinas, visando sensibilizar a participação dos estudantes. No início de novembro, uma banca examinadora formada pelo MP, a ALMG e as secretarias participantes fará a análise das redações, com base nos mesmos critérios do Enem.

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Em 20 de novembro, será publicado o resultado final do concurso e no dia 25 do mesmo mês está prevista a entrega dos prêmios: um notebook para o primeiro colocado e tablets para os classificados entre o 2º e o 5º lugares.

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Impunidade e insegurança 

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Sobre o tema do concurso, a deputada Marília Campos lamenta que, a despeito de importantes legislações, prevaleçam a impunidade e a sensação de insegurança.

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“O machismo, como cultura, não vai desaparecer apenas devido a ameças de punição baseadas na lei. As leis existem, são robustas e, ainda assim, as taxas de violências contra as mulheres crescem continuamente, inclusive os casos de feminicídio. Essa cultura precisa ser desconstruída via um processo de conscientização que eduque com base em novos valores desde a infância. A ideia é de que as escolas públicas e privadas, estaduais e municiais, participem de um processo de reeducação que, desde a infância, via ações como esse concurso, ajudem a disseminar uma cultura de respeito e de tolerância entre homens e mulheres”, deputada Marília Campos.

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Incidência 

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Dados do Diagnóstico da Violência contra a Mulher da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MG), de 2017, apontam que, a cada dia, uma mulher sofre um atentado contra a vida em Minas Gerais. Nos últimos três anos, a média anual do Estado foi superior a 140 mil registros, com prevalência da violência física, seguida da psicológica.

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Já um estudo da Fundação João Pinheiro, realizado em março deste ano, mostra que os dados disponíveis sobre feminicídio  não retratam a atual realidade. Segundo a pesquisa, a estimativa é de que existam muito mais casos desse tipo de crime do que o contabilizado até hoje e que cerca de 83% dos homicídios de mulheres sejam, de fato, feminicídios. (Fonte ALMG)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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