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Com artes marciais, projeto Delas fortalecerá empoderamento feminino

Saiu no site UNIVERSA

 

Veja publicação original:  Com artes marciais, projeto Delas fortalecerá empoderamento feminino

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Em fase de implementação em Sergipe e em Rondônia, iniciativa oferecerá aulas modalidades como muay thai e judô para mulheres

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Se a prática de lutas e artes marciais ainda é um território dominado pelos homens no Brasil — onde 70% do público é masculino, segundo o IBGE — por aqui também resistem iniciativas que ajudam as mulheres a abrir espaço no tatame. Idealizado pelo Ministério do Esporte, o projeto Delas (Desenvolvimento de Lutas, Autodefesa e Segurança) oferece aulas gratuitas nessas modalidades para alunas a partir dos 12 anos. Em fase de implementação em Sergipe e em Rondônia, quer promover não só a inclusão por meio do esporte, mas também a discussão sobre temas como empoderamento, direitos e violência contra a mulher.

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Em Sergipe, serão instalados 22 núcleos em 21 municípios, em parceria com a Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude, com capacidade para beneficiar 4,4 mil mulheres. Já em Rondônia o projeto está em fase de compra de materiais e contratação de professores, com previsão de começo das atividades entre fevereiro e março de 2019. Inicialmente, haverá quatro núcleos, um em cada microrregião: Porto Velho (capital), Ariquemes, Vilhena e Ji-Paraná.

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Segundo a pró-reitora de extensão do Instituto Federal de Rondônia (executor do projeto no estado), Maria Goreth, as modalidades serão adaptadas conforme as demandas de cada local. Em Porto Velho, Ariquemes e Ji-Paraná as participantes terão aulas de muay thai e judô. Em Vilhena, karatê e kickboxing. Para Maria Goreth, essas adequações baseadas nas preferências regionais ajudarão a atrair mais público para o projeto, que prevê atender a 200 mulheres em cada núcleo.

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“O principal objetivo é o combate à violência contra a mulher. Muita gente acha que o ensino de lutas estimula a violência, mas acontece exatamente o oposto. Esses esportes têm uma filosofia, uma cultura orientada para entender o corpo e desenvolver a autoestima. Com isso, a segurança dessas mulheres é fortalecida”, observa a pró-reitora.

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Evolução no tatame

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Outro benefício do projeto é a periodicidade das atividades. Maria Goreth enfatiza que, pelo fato de a modalidade oferecida ser um tipo de luta, a regularidade na frequência das alunas será um ponto importante para que elas possam evoluir no esporte. “Quando você oferece uma aula de dança, por exemplo, ela não requer tanto uma continuidade. Na luta, as alunas vão aprender as técnicas todos os dias, por etapas. Então elas precisam ir para acompanhar o aprendizado, e isso ajuda a manter a assiduidade”, explica.

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As aulas serão oferecidas duas vezes por semana, seguidas de rodas de conversa mediadas por agentes sociais com temáticas sobre empoderamento, direitos da mulher, violência de gênero e autodefesa. Os temas serão definidos em parceria com o Conselho Estadual da Mulher.  “Esse projeto vai criar um grande impacto na vida dessas mulheres. Vamos trabalhar a autoestima e a capacidade delas se desenvolverem pessoalmente e, de fato, gerar uma transformação”, afirma Maria Goreth.

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Além de Sergipe e Rondônia, o Delas deve chegar ao Distrito Federal no próximo ano. O governo distrital anunciou, em novembro, uma parceria com o Ministério do Esporte para investir R$ 4 milhões no projeto e em outra ação social, o Esporte e Cidadania.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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