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“Chicas Positivas”: “No Paraguai, se você é uma mulher que vive com HIV, significa que vai perder seu trabalho”

Saiu no site AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS

 

Veja publicação original:  “Chicas Positivas”: “No Paraguai, se você é uma mulher que vive com HIV, significa que vai perder seu trabalho”

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Por Jéssica Paula

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Em 2016, o Paraguai teve 1300 novas infecções pelo HIV e 1000 mortes relacionadas à aids. Esses dados são do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids que também mostram que havia 19.000 pessoas vivendo com HIV em 2016, entre os quais 35% estavam acessando a terapia antirretroviral. Entre as mulheres grávidas que vivem com o HIV, 71% estavam acessando tratamento ou profilaxia para prevenir a transmissão do HIV para seus filhos.

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“Me parece interessante reforçar que tanto as mulheres que vivem como as que não vivem com HIV precisam ter acesso à prevenção”, diz a ativista do Movimento Latinoamericano e do Caribe de Mulheres Posithivas, Mirta Ruíz. “Se não trabalharmos a prevenção primária, nenhum outro esforço será suficiente. Os programas precisam abordar o estigma social e a sobrevida das mulheres envolvendo todas as gerações.”

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O desafio das mulheres no Paraguai

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Mirta coloca que é importante pensar na vida sexual das mulheres que estão na menopausa, por exemplo. E nos direitos sexuais e reprodutivos como um todo. “É importante pensar onde está a América Latina e suas mulheres nesse contexto.”

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Todos os dias são de 5 a 6 casos de meninas grávidas diante de abusos sexuais e são obrigadas a ter os filhos. No Paraguai, a pena para abuso sexual é de 3 a 5 anos. “No entanto, se matar uma vaca a pena é de 15 anos. Então é um tema muito difícil de abordar. A ideologia de gênero é tratada com muitos mitos e tabus. No Paraguai se você é uma mulher que vive com HIV, isso significa que você vai perder seu trabalho, significa que se você tem um filho, vão tirar ele do colégio. É difícil”, desabafa Mirta.

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Houve, no país, um aumento da infecção entre os jovens. Mulheres acima de 60 anos também estão contraindo HIV. A transmissão no país é 98% por via sexual, concentrada na população gay, trans e trabalhadoras sexuais. Há uma boa política para a transmissão vertical e essa forma de transmissão já praticamente não existe.

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Mais dados

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As principais populações mais afetadas pelo HIV no Paraguai são profissionais do sexo, com uma prevalência de 7%, e homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, com uma prevalência de 15,4%.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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