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Área de TI deve ser estratégica e propor soluções, diz CIO da Totvs

Saiu no site ÉPOCA NEGÓCIOS

 

Veja publicação original:  Área de TI deve ser estratégica e propor soluções, diz CIO da Totvs

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Com a transformação digital, profissionais de tecnologia devem desenvolver competências de relacionamento e visão de negócio, diz Mara Maehara

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No ambiente dos negócios, duas palavras passaram a ser temidas ou idolatradas nos últimos anos: transformação digital. As mudanças que esse movimento está causando nas empresas atingem variados níveis – e geram exigências diferentes em cada área das organizações. A TI, por exemplo, não é mais vista como aquela equipe que oferece suporte para o restante da empresa somente quando os computadores ou serviços de internet apresentam falhas. “A exigência é que a TI que seja uma área parceira dos negócios e que propõe soluções”, afirma a CIO da Totvs, Mara Maehara.

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Na Totvs, iniciativas com naturezas diferentes têm sido implementadas em busca da transformação digital, conforme explica a executiva. “Temos um programa que chamamos de jornada digital. Temos trabalhado bastante a cultura, o foco nos colaboradores e nos clientes”, afirma. Tal “jornada” incluiu uma mudança para um novo prédio, com ambientes “open space e espaços propícios para a colaboração”.

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Em conversa com Época NEGÓCIOS, Mara explica qual é o novo perfil de profissional exigido para áreas de TI e compartilha a sua visão sobre o papel das mulheres em um mercado majoritariamente masculino.

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Você entrou na Totvs em janeiro de 2016 e o nível de exigência em relação às empresas mudou bastante desde então. Como a sua atuação mudou de dois anos para cá?
Mudou bastante porque, para conseguir acompanhar toda essa transformação que vem acontecendo, nós precisamos mexer na forma como trabalhamos. Os processos dentro da empresa precisam se adaptar a essa nova movimentação. Meu time de TI, assim como outros times de outras áreas, acaba tendo que se adaptar a essas necessidades. Dentro da TI, por exemplo, estamos terminando a implementação do método Agile, para dar mais velocidade ao atendimento das áreas de negócios. Esse método também promove uma proximidade muito grande entre as áreas de negócios e a área de TI e, com isso, acabamos exigindo outro perfil de profissional.

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Como é o novo perfil de profissional que deve trabalhar na TI hoje?
Fora o perfil técnico que é exigido como básico, competências de relacionamento são muito importantes. O conhecimento do método Agile tem sido uma competência que estamos buscando, por exemplo, quando olhamos para profissionais no mercado. Pessoas que já conhecem a metodologia Agile e DevOps são as que eu detalho mais na avaliação do currículo. Fora isso, as competências de relacionamento são primordiais porque, para conseguir entregar soluções que atendam ao negócio, você tem que se relacionar com ele para entender o que é necessário, para conseguir determinar o que é uma boa solução. Parece simples, mas, na prática, esses perfis são difíceis de ser encontrados.

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Além dessa busca no mercado, existe também a preocupação com o aperfeiçoamento e a capacitação dos profissionais que já estão na equipe?
Sim, é preciso rever algumas questões numa implementação de formas diferentes de trabalhar. Com esse processo, você precisa de papéis diferentes e então tem que revisitar o seu time para garantir que ele esteja adequado. Sendo assim, eu tive que promover muitos treinamentos, workshops e provas de conceito para definir qual era a melhor estrutura, o melhor modelo de implementação e isso faz com que a gente mude a forma de trabalhar aqui dentro da TI. Também contratei pessoas específicas para governança de TI que estão me ajudando a conduzir essa jornada – porque é uma jornada inteira, não é algo que você implanta com começo, meio e fim e depois fala “está implantado”.  É uma continuidade de transformação.

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Qual é a principal exigência para a área de TI atualmente? A cobrança é para que a área não seja mais um simples suporte, mas que esteja lado a lado com os negócios da empresa?
Isso acontece bastante. Na verdade, por todas as empresas por onde eu passei até hoje, essa é a exigência de uma área de TI: ser uma área parceira e propor soluções. É por isso que as competências de relacionamento são importantes. Eu preciso que a área de TI esteja dentro da área de negócios para saber o que propor, para entender as dores, o problema e a necessidade da área de negócios – e então conseguir atuar com a competência técnica.

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O mercado de TI é ainda majoritariamente masculino, com pouca diversidade. Como foi a sua trajetória e como você enxerga o papel da mulher na TI hoje?
Eu decidi vir para a Totvs porque é um segmento que eu nunca atuei. Minha carreira foi construída em varejo e indústria e, quando eu fui convidada para vir para cá, foi um desafio diferente para mim – uma empresa de tecnologia, o core da minha formação. E para mim era uma oportunidade grande de atuar dentro da minha competência de gestão de TI para uma empresa que vende tecnologia.

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Sobre ser mulher nesse mercado de tecnologia, recentemente eu estive em um grande evento e, passando os olhos por cima, notei como ainda são poucas as mulheres que atuam na área. Predomina o sexo masculino, é fato, mas isso tende a ir mudando. Acho que tende a aumentar a participação da mulher nesse mercado porque os tabus do passado hoje em dia não existem mais. As gerações que estão chegando chegam diferentes, sem uma tendência que existia alguns anos atrás de atuar em determinadas cadeiras, menos técnicas, menos ligadas às áreas de exatas. Isso tende a mudar também porque a tecnologia vem se diversificando muito. Existem muitos assuntos novos associados às cadeiras de tecnologia. Recentemente eu vi a grade curricular de algumas universidades e já mudou demais desde a época em que eu me formei. É muito mais atraente hoje do que era na época em que eu escolhi. Então acho que isso faz com que as mulheres também passem a se interessar mais e, com isso, teremos mais mulheres nesse mundo de tecnologia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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