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A “Liga das Mães” ajuda a profissionalizar o cenário de esportes eletrônicos

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Veja publicação original: A “Liga das Mães” ajuda a profissionalizar o cenário de esportes eletrônicos

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Se existe algo que um pro player precisa mais do que bons periféricos, talento e treino é o apoio de sua família. Neste domingo (13), é comemorado o Dia das Mães e o Versus conversou com um grupo de mulheres que deram vida e suporte a grandes jogadores do cenário brasileiro, como Gabriel “falleN” Toledo no CS:GO ou Felipe “Yoda” Noronha e Rafael “Rakin” Knittel no League of Legends.

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Juntas, Adriana Noronha, mãe de Yoda; Kenia Priscilla, mãe de falleN; Debora Knittel, mãe de Rakin, e outras mulheres, querem deixar sua marca no cenário brasileiro de esportes eletrônicos e já adiantam que a comunidade pode esperar por “novidades em breve”.

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Kenia e Adriana no Encontro das Lendas, em São Paulo | Imagem: Arquivo pessoal/Adriana Noronha

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MEeS: Mulheres Executivas nos eSports

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Em julho de 2017, durante o Encontro das Lendas – evento que reuniu jogadores da SK Gaming com seus fãs, em São Paulo – Adriana, que também é assessora do filho Yoda, conheceu Kenia, que ajuda a administrar a marca GFallen.

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“Foi muito bacana, porque eu pude perceber o quão empresária e empreendedora ela era. Desde o início, a gente teve muita sinergia porque eu percebi uma outra mulher com direção executiva no mesmo universo que eu estava explorando”, disse Adriana.

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Após diversas conversas e trocas de experiência, ambas foram convidadas para palestrar na Campus Party 2018, onde conheceram Debora Knittel e Caterina Salvati, advogada do pro player Felipe “brTT” Gonçalves de LoL e mãe da streamer Giuliana “caju” Capitani. Cheias de ideias, elas decidiram formar o grupo MEeS: Mulheres Executivas nos eSports.

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Imagem de divulgação do evento realizado na Campus Party. Foto: Reprodução

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De acordo com Adriana, “a iniciativa é promover o empoderamento feminino, estimular negócios, fazer network, fortalecer relações entre mulheres, ajudar na parte de aprendizado, buscar soluções, fortalecer esse universo feminino para um objetivo comum que é a profissionalização do mercado”.

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“Percebemos que existia um desejo comum no grupo, de realizar algo de valor para a comunidade, onde cada uma de nós, com nossa experiência individual, pudesse contribuir com outras mulheres, mães, executivas, que têm dúvidas, incertezas e dificuldades em encontrar informações sobre esse mercado tão novo”, afirmou Kenia.

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“Estamos dispostas e motivadas a fazer a diferença e trazer temas importantes para o cenário de eSports”, conta Debora. “Somos mulheres, mães e profissionais com um desejo imenso de deixarmos um legado para nossos filhos e para o mundo!”

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Rindo, Kenia afirmou que o grupo terá “novidades em breve”.

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De acordo com Adriana, “a ideia é, talvez ainda para esse primeiro semestre, realizar um workshop e alguns bate papos informais com outras mães.” Ela afirmou que Sandra Bohm, mãe de Gabriel “Kami”, e Tereza Rodrigues, mãe de Micael “micaO”, também estão engajadas com o projeto.

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Adriana e o filho Yoda | Imagem: Arquivo pessoal/Felipe Noronha

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Adriana Noronha, a suporte do Yoda

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“Foi uma surpresa quando ele resolveu assumir essa carreira [como pro player de League of Legends] porque ele tinha acabado de passar na prova do Barro Branco e ele já estava meio engajado com a carreira militar”, contou Adriana.

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Quem vê Yoda comandando o YoTalkShow, jogando LoL pela Submarino Stars e usando seus bordões por aí, não imagina que a vida do pro player, streamer e apresentador poderia ter sido muito diferente. Apesar do susto, sua mãe nunca lhe negou as oportunidades que surgiram em sua vida.

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Depois de muito pesquisar para entender o que era aquele novo mundo no qual via Yoda entrar, ela percebeu, no início de 2014, quando o jogador estava na IMP Esports, que “era um mercado muito amador, sem regulamentação ou leis que conseguem direcionar as profissões que estão envolvidas no meio” e que iria “assessorar o Yoda pra ele que pudesse ter um futuro num universo realmente tão novo.”

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Depois de ter assessorado não só o filho, mas diversos streamers e influencers, como Toboco, Tixinha, Aline Faria, Jukes, Jovirone e outros, Adriana continua administrando as marcas de Yoda, como a Seh Loiro, é produtora técnica do YoTalkShow e licencia os bordões que fazem a alegria dos fãs.

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Estreia do programa YoTalkShow | Imagem: XLG Uol

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Para ela, um dos momentos mais marcantes de sua carreira – e também da do filho – “foi a estreia do programa YoTalkShow”. Além de dirigir o programa ao lado de Yoda, ela afirmou que foi uma grande experiência perceber quantas pessoas faziam aquilo acontecer, “desde o cosplayer, o maquiador, o editor, o cara que cuida da iluminação”, entre tantos outros.

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“No countdown a gente já tinha 15 ou 20 mil pessoas esperando para assistir o programa, e aí quando o Yoda já estava ao vivo, começou a subir a quantidade de viewers e chegou a 115 mil pessoas assistindo. Foi um momento maravilhoso, porque além de tudo, ele é o meu filho!”

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Kenia e o filho Fallen | Imagem: Gabriel Toledo

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Kenia Priscilla, a mãe Verdadeira

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“De certa forma, quem introduziu o jogo em casa, fui eu.  Sempre gostei de videogames, quando viajava para fazer compras para a loja [de informática], trazia algum lançamento de jogo, para brincarmos juntos”, afirma a mãe do Verdadeiro, apelido carinhoso do jogador Fallen na comunidade de CS:GO.

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Se por um lado Kenia apresentou os games aos quatro filhos, por outro ela sempre soube exatamente a hora de tirá-los da frente do computador. “Os meninos aqui em casa sempre lembram de quando ficavam muito tempo no computador. Se eu chamava para almoçar ou jantar e não vinham, eu ia até o modem da internet, desconectava e escondia. Rapidinho todos apareciam!”

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Kenia, de boné e camiseta amarela, durante a torcida para a ESL One Colônia | Imagem: Clicia Oliveira

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A vida de Kenia mudou de verdade quando falleN recebeu seu primeiro convite para jogar fora do país. Foi aí que ela percebeu que o filho não era somente ídolo dela, mas de outras centenas de pessoas, e ficou emocionada quando lembrou de ver ao vivo um dos Majors que a SK venceu na Alemanha.

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“Centenas e centenas de pessoas naquele estádio… Sentir a paixão e o carinho daqueles fãs pelo time, pelo Gabriel, sem dúvida é algo que marcou minha vida para sempre. Lembro que sentei na arquibancada e aquele parecia outro universo, foi lindo de viver! Inesquecível.”

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Atualmente, ela é uma das principais pessoas por trás da loja GA Store e da marca Gfallen. “Nosso objetivo é construir uma caminhada de valor dentro do mercado que tanto amamos. É muito gratificante trabalhar com a comunidade dos eSports, recebemos dezenas e dezenas de mensagens sobre inspiração, luta, apoio e força daqueles que valorizam nossa caminhada.”

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Carinhosa, ela deixa um recado para mães e pais que têm filhos com vontade de serem pro players: “Continuem acompanhando os filhos de perto, orientando, buscando conhecer mais sobre as novas oportunidades que o mundo do esporte eletrônico está criando. O melhor caminho é o da informação, o resto, o amor que existe dentro de cada um vai saber conduzir”.

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Debora, o marido e o filho mais novo durante a Escalada do CBLoL | Imagem: Riot Games

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Debora, a fã número #1 do Rakin

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Formada em pedagogia com especialização em psicopedagogia, Debora Knittel sempre soube que o melhor jeito de entender a profissão de Rakin em League of Legends era pesquisando.

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“Quando ele disse que queria seguir a carreira no League of Legends não foi surpresa para nós [ela e o esposo Fidel], mas no início foi difícil, nós só conhecíamos o lado do entretenimento”, afirmou a escritora de livros infanto-juvenis e para jovens adultos.

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“Precisamos pesquisar sobre o cenário. A paixão do Rafa e a vontade de realizar seu sonho, junto com seu empenho em fazer dar certo, nos fez apoiar sua escolha. Cada vez mais, fomos conhecendo o mundo dos eSports e reconhecendo que ele era maior e mais sólido do que pensávamos.”

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Rakin ainda estava na JAYOB quando sua mãe assistiu à primeira partida de League of Legends do filho. “Nos primeiros jogos eu ainda não estava familiarizada com a dinâmica do LoL, mas ver meu filho se dedicando e mostrando seu potencial me deixou muito feliz.”

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Essa felicidade só cresceu conforme a carreira de Rakin evoluiu. O momento que fez Debora entender o quanto o filho era talentoso e reconhecido foi quando o jogador foi contratado pela Pain Gaming. “No dia de anunciarem a contratação, Rafa apareceu na transmissão ao vivo do jogo [na final do 2º split do CBLoL 2015]. Ao ouvir as pessoas do estádio vibrarem quando ele apareceu com a camisa do time, tive a certeza de que ele tinha conquistado seu lugar no cenário dos eSports.”

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Seu momento mais marcante em relação a carreira do filho é recente. “Com certeza foi o jogo da escalada do 1º split, que a CNB fez contra a ProGamig. Ficará para sempre marcado em nossa história. A série foi muito difícil e na última partida a CNB ganhou surpreendendo a todos. Fiquei rouca por três dias de tanto que torci. Rafa se superou e jogou muito, foi uma emoção imensa e inesquecível.”

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Ela acredita que o caminho ideal para pais que têm filhos com vontade de serem pro players é a conversa. “Surgiram cenários e profissões que não imaginávamos tempos atrás […]. Acredito que acompanhando essas mudanças e reconhecendo o cenário, conseguimos criar uma ponte de diálogo.”

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Debora finaliza: “Se nós valorizarmos o que nossos filhos têm para nos dizer, criamos a possibilidade deles ouvirem o que temos para dizer também. Avaliem juntos o cenário, as expectativas e as realidades. Se vocês identificarem potencial, vontade e amor, se seu filho tiver a oportunidade de realizar um sonho, acredito que vai valer a pena tentar!”

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Versus deseja um feliz Dia das Mães para todas as mães do mundo – desde as mamães que jogam ao lado de seus filhos e filhas até aquelas que pedem para pausar o jogo online.

 

 

 

 

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