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A diversidade no trabalho tem o poder de salvar as empresas?

Saiu no site REVISTA EXAME

 

Veja publicação original:  A diversidade no trabalho tem o poder de salvar as empresas?

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Papel da diversidade na sobrevivência das empresas foi discutido no RD Summit, em Florianópolis (SC)

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Por Ricardo Sudário

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Diversidade é vantagem competitiva”. É assim, de forma enfática, que Priscyla Laham, vice-presidente de vendas da Microsoft no Brasil, destaca a importância de repensarmos a composição das equipes nas empresas. Nina Silva, fundadora do movimento Black Money, também tem opinião parecida. “As empresas não podem mais ignorar esse assunto. Elas estão perdendo dinheiro”.

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Duas apresentações desse tema aconteceram no RD Summit, evento de marketing digital que acontece em Florianópolis (SC) entre 8 e 10 de novembro. Priscyla participou do painel Mulheres na Liderança, acompanhada por Laura Constantini, co-fundadora da Astella Investimentos e por Fernanda Brunsizian, diretora de comunicação corporativa da Resultados Digitais, em um debate mediado por Juliana Tubino, chief revenue officer também da Resultados Digitais. Já Nina apresentou a palestra “Tecnologia para quem?”.

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Nina também tem uma história não convencional. Nasceu em uma favela do Rio, fez faculdade sonhando em alcançar um cargo de liderança, e acabou na área de TI “porque disseram que daria dinheiro”. Entretanto, percebeu problemas sérios na área, como o fato de que mulheres negras podem ganhar menos da metade do salário de homens brancos. Nina não se omitiu, e seu trabalho a fez ser reconhecida como uma das 100 pessoas afrodescendentes mais influentes do mundo, segundo o MIPAD100 e a ONU.

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O caminho com dificuldades e percalços não se limitou a Nina. “Ignorar o que parecia impossível foi o meu maior acerto na carreira; aceitei o risco e deu certo”, relatou Priscyla.

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O desafio de ter equipes diversas é grande, e Juliana resume o tamanho do desafio: “Representar a sociedade é o mais importante. Isso significa ter 51% de mulheres e 54% de negros na empresas”. Mesmo assim, a executiva diz que essa é a melhor forma para se ter diversidade de pensamentos na empresa, que se traduz em diferencial competitivo.

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Reverter esse quadro demanda intencionalidade. Dizer que todos os caminhos levam a Roma não é verdade, de acordo com Priscyla. “Conforme você ascende na carreira, é importante que você seja intencional nas ações e nas formas de chegar lá. Se você se acha 70% pronta, se joga”. E reforça que ignorar o que parecia ser impossível foi o maior acerto da carreira dela.

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Mesmo quem passa por caminhos mais difíceis nem sempre colabora para resolver o problema. “Me dá uma tristeza grande quando vejo mulheres que progrediram na carreira e cometem os mesmos erros”, diz Juliana. “Ocupem o espaço que é de vocês”, encoraja ela, parafraseando Sheryl Sandberg, do Facebook, que não quer que mulheres perpetuem os mesmos desafios que elas mesmas precisaram superar.

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O lado comportamental também pesa. Laura reconhece que a jornada é longa, e que entender o próprio propósito é fundamental, uma vez que atitude e comportamentos podem ser gargalos para o próprio desenvolvimento e o amadurecimento das organizações.

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A composição de equipes também deve ser repensada. “Um líder, hoje, não é a pessoa que tem o maior cargo. Quanto mais jovem o funcionário, menos importante é a hierarquia”, resume Fernanda. “Líder é, hoje, quem inspira”, conclui. Pryscila reforça a importância de gestão de pessoas, ao reforçar a importância de que líderes sejam inspiradores e saibam combinar as diversas fortalezas do time em prol de cada causa.

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Mais que isso, as empresas precisam ter equidade como um de seus pilares. Na visão de Nina, “não somos iguais. Entendam e sejam felizes assim. Só teremos oportunidades iguais quando tivermos contextos iguais. Enquanto isso, precisamos de equidade”. E Nina reconhece que essa tendência é maior que ela mesmo. “São números, são relatórios da McKinsey. Empresas com diversidade lucram mais. Se não for pelo amor, vão ter que aceitar pela dor”.

 

 

 

 

 

 

 

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