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10 desafios feministas do ‘Empodere-se’ para as mulheres reconhecerem a própria força

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Veja publicação original: 10 desafios feministas do ‘Empodere-se’ para as mulheres reconhecerem a própria força

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Por Leda Antunes

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Em livro, criadora da página “Empodere Duas Mulheres” incentiva seguidoras a interromper comportamentos autodestrutivos.

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Desapego, perdão, carinho e coragem. Já pensou em acordar todos os dias e se desafiar a tomar uma atitude diferente e ser mais generosa consigo mesma? Essa é a proposta do livro Empodere-se: 100 desafios feministas para reconhecer a própria força e viver melhor (Benvirá, 2018). A autora é a radialista e influenciadora Maynara Fanucci, criadora da página Empodere Duas Mulheres.

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Maynara conta que a página, que hoje acumula mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais, começou em 2015, como um projeto pessoal para falar sobre feminismo para outras mulheres. “Disseminar o feminismo e aproximar mulheres pareciam motivos suficientes para começar um movimento”, escreve a autora.

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Em 2017, já com alguns milhares de seguidores, surgiu a ideia de fazer o ‘Desafio dos 100 Dias’, em resposta aos milhares de desafios, listas e receitas mágicas na internet cujo objetivo principal é conseguir o ‘corpo perfeito’. “Achei que seria muito mais positivo e frutífero se eu me desafiasse a ser uma versão melhor de mim mesma todos dias, aprimorando questões internas e me levando a crescer e ter mais orgulho de quem sou.”

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Os desafios foram inicialmente publicados no perfil do Empodere Duas Mulheres no Instagram. Depois da repercussão positiva entre as seguidoras, a lista foi transformada em livro, lançado recentemente pela editora Benvirá.

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O HuffPost Brasil elencou 10 destes desafios. Para conseguir cumprir a meta, dos 10 ou dos 100 trazidos no livro, Maynara aconselha: “não esqueça de continuar respirando, sempre no seu ritmo. E sempre faça o melhor possível, sendo gentil e carinhosa consigo mesma”.

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1. Perdoe-se

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“Já pensou em se desculpar pelas vezes em que disse ou pensou coisas ruins sobre si, que se colocou para baixo ou que foi dura demais consigo mesma?”, questiona Maynara. Ela orienta a refletir sobre as culpas conscientes que sentimos, mas também sobre as que não são tão claras assim, mas que refletem nas nossas atitudes de alguma forma. Este é o primeiro desafio da lista e, segundo a autora, um dos primeiros passos oficiais para dar início ao processo de empoderamento e autoaceitação.

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Livro “Empodere-se” é lançado pela editora Benvirá.

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2. Orgulhe-se da mulher que você é hoje

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“Sempre que aplico esse exercício na minha vida, eu me surpreendo ao ver o quanto ele é poderoso”, escreve Maynara. Ela pondera que embora tenhamos falhas e facetas das quais não nos orgulhamos, ou ainda não estejamos totalmente felizes conosco, é importante reconhecer o valor do caminho percorrido até aqui. “Essa frase tem a capacidade de me transportar para meu passado e me fazer respeitar quem eu fui, porque aquela pessoa foi importante para que eu me tornasse quem sou hoje.”

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3. Seja gentil consigo mesma, assim como você é com as outras pessoas

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Embora a missão pareça fácil, essa é uma chave que pode ser difícil de virar, ainda mais porque nem sempre é possível controlar o que pensamos. Mas Maynara dá a dica: “quando pensar algo sobre si mesma, diga em voz alta, olhando-se no espelho — ou escreva no papel, se for mais fácil. Se não for bom, ou se for algo que você não teria coragem de dizer para outra pessoa, pare de repetir essas ideias e converta-as em algo positivo. Pense em coisas que te fazem bem, algo de que gosta em si mesma ou que se orgulha de ter feito hoje.”

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4. Lembre-se que você não precisa justificar o corpo que tem

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“Em diversos momentos eu ouvi comentários de amigos e familiares que pensavam estar me ‘elogiando’ por eu ter perdido uma grande quantia de peso em pouco tempo, quando na verdade eu estava passando por um processo emocional muito difícil que me fazia perder a fome. Eu estava morrendo por dentro, mas, para os olhos dos outros, o que importava é que eu estava magra”, relata Maynara. As mulheres costumam ouvir com frequência diversos comentários a respeito do seu corpo, porque ele é de alguma forma considerado “público” aos olhos da sociedade. Peso, forma, marcas, cor, tudo está sob constante análise de outras pessoas. Mas é preciso lembrar que não é preciso justificar o seu corpo para os outros, “porque ele diz respeito a você, à sua história e é seu próprio templo.”

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GETTY IMAGES/ISTOCKPHOTO
As mulheres costumam ouvir com frequência diversos comentários a respeito do seu corpo, porque ele é de alguma forma considerado “público” aos olhos da sociedade.

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5. Trate seu corpo com carinho e dedique-se a ele

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Além dos comentários de terceiros, também temos que lidar com a própria maneira, muitas vezes dura e crítica, com que tratamos nosso corpo. “Considerado às vezes um grande vilão, ele sobrevive e resiste diariamente, apesar de tudo o que já aconteceu entre vocês e apesar de a sociedade dizer que ele é inadequado”, afirma a autora. Mas seu corpo é o espaço primordial que você ocupada para existir no mundo, e merece ser tratado com carinho e dedicação.

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6. Não se compare com outras pessoas

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“Essa dica é óbvia, mas a aplicação é complexa”, alerta Maynara. Um estudo realizado pelo Royal Society for Public Health em parceria com o Young Health Movement afirma que as redes sociais são mais viciantes que cigarro e álcool. É fácil perder a noção do tempo quando estamos vidradas em centenas de contas de blogueiras que parecem ter uma vida perfeita no Instagram. Mas embora as redes sociais tragam inúmeras coisas maravilhosas, podem ter impacto na nossa saúde mental, avalia a autora. Depressão, solidão ansiedade e problemas relacionados com a autoimagem corporal são algumas das reações negativas que podem ser despertadas na internet. Para tentar se proteger, é preciso escolher com cuidado o conteúdo que vai consumir e fazer o exercício constante de lembrar que as postagens nas redes refletem apenas uma parte da realidade. “Ninguém vive só de alegrias, realizações ou beleza.”

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Muitas mulheres perdem a noção do tempo enquanto navegam por contas de blogueiras que parecem ter uma vida perfeita no Instagram.

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7. Identifique quais são as suas crenças limitantes sobre si mesma

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“Seja pelas coisas que ouvimos, pelas experiências que passamos ou pelos rótulos que recebemos, acabamos alimentando crenças sobre quem somos”, diz a autora. Para ela, identificar quais dessas crenças nos limitam e nos impedem de fazer as coisas que queremos ou precisamos, apesar de ser um processo doloroso, é necessário para compreender essas supostas limitações e para superá-las.

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8. Aprenda a dizer ‘não’ quando você quiser

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Somos ensinadas desde pequenas a agradar e priorizar a vontade dos outros sobre a nossa. E mesmo quando dizemos não, acabamos sentindo culpa. É preciso interromper esse ciclo. Começar a dizer ‘não’ no dia a dia vai gerar certo desgaste e demandará energia e tempo, mas qficará mais fácil ao longo do tempo, explica Maynara. “Falar ‘não’ não é necessariamente egoísmo. Falar ‘não’ é se respeitar também.”

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GETTY IMAGES/EYEEM PREMIUM
Aprender a dizer “não” é se respeitar.

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9. Fortaleça sua rede de mulheres. Pare de vê-las como adversárias

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“Um dos grandes (e primeiros) ensinamentos que o feminismo me trouxe foi que eu deveria passar a enxergar as mulheres não mais como adversárias, mas como parceiras e aliadas”, conta Maynara. A ideia de competição feminina se apoia basicamente na disputa pela atenção masculina. Negar essa ideia é também negar o machismo. Quando sugere esse desafio, a autora afirma que o objetivo deve ser o de fortalecer a relação com mulheres próximas, ou até mesmo se propor a conhecer novas que se conectem com você de alguma forma, pois “o fato de estarmos juntas por uma mesma causa e termos empatia umas pelas outras é uma arma potente contra a sociedade machista, além de ser um ‘alimento’ fundamental para que possamos descobrir mais sobre nós mesmas.”

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10. Lembre que a autoestima e o amor-próprio são processos

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No centésimo desafio do livro e, o décimo desta pequena lista, Maynara lembra que o processo de autoconhecimento não tem fim e que é preciso um esforço diário e constante para desconstruir comportamentos padrão que nos fazem mal. “Tome mais poder e responsabilidade sobre si mesma e procure tornar-se essa pessoa tão incrível que você sonha um dia em conhecer, porque pode ser que ela more aí dentro — e você nem saiba disso”, completa.

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GETTY IMAGES/BLEND IMAGES
Amor-próprio e autoconhecimento são construções diárias das mulheres.

 

 

 

 

 

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